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Brasil Especialistas explicam a crise brasileira mesmo com melhora nos índices econômicos

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(Foto: Reprodução)

Esta foi uma semana com eventos importantes na economia: o IBGE divulgou que o país voltou a crescer, o Banco Central cortou de novo os juros e o desemprego recuou um pouco.

Um dia depois de revelar que o Brasil voltou a crescer depois de oito trimestres, o IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística) informou na sexta-feira (02) que a produção industrial em abril subiu 0,6% sobre março. Mas na comparação de abril deste ano com abril de 2016, houve queda de 4,5%. E no acumulado dos últimos 12 meses, a queda foi de 3,6%. Apesar do índice negativo, o tamanho da retração vem diminuindo desde junho de 2016.

Na última quarta-feira (31), o Banco Central baixou a taxa de juros, de novo, em um ponto percentual. O desemprego, que ainda está alto, diminuiu um pouquinho. E a inflação está em queda.

Esses últimos dados são positivos? Claro que são. A economia brasileira saiu mesmo da recessão? Tecnicamente, saiu. Quer dizer então que daqui para frente tudo vai melhorar? Não, não é bem assim. Alguns economistas disseram que a turbulência política em Brasília ainda está prejudicando o desempenho da economia, principalmente por prolongar a incerteza entre empresários, investidores e consumidores.

“É cedo para comemorar, porque o risco político que continua existindo no Brasil leva consumidores e investidores a uma postura defensiva. Nenhum empresário vai querer aceitar riscos num ambiente que ainda está tão inseguro, até no curto prazo. E mesmo os consumidores vão pensar muitas vezes antes de comprar um bem de maior valor, que demanda crédito. Nós saímos da recessão e vamos nos deparar com uma economia que não vai nem para frente, nem para trás. Ela estabiliza num patamar ainda baixo”, explica o economista Eduardo Giannetti da Fonseca.

Outro economista ressalta que para que a confiança em investir, produzir e comprar volte é necessário que o governo continue perseguindo o ajuste nas suas contas. E que, para isso, a aprovação das reformas é fundamental, principalmente a da Previdência.

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