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Saúde Está cada vez mais distante o tempo em que se acreditava que amar exigia sacrifícios

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"Ceder"  era a palavra de ordem para um bom relacionamento. O resultado disso foi pessoas insatisfeitas, ressentidas, arrependidas do que nunca fizeram. (Foto: Reprodução)

Vivemos um período de grandes transformações no mundo, e, no que diz respeito ao amor, o dilema atual se situa entre o desejo de simbiose com o parceiro e o desejo de liberdade. Está cada vez mais distante o tempo em que se acreditava que amar exigia sacrifícios. Até meados deste século, todos valorizavam quem abria mão dos próprios anseios em prol do outro. De que adiantou tanto esforço?

Insatisfação. 

“Ceder” era a palavra de ordem para um bom relacionamento. E quem não se dispusesse a isso corria o risco de ser rotulado de imaturo ou de egoísta. O resultado final foi sempre o mesmo: pessoas insatisfeitas, ressentidas, arrependidas do que nunca fizeram. As fantasias do amor romântico se baseiam na dependência entre os amantes, elas não conseguem mais satisfazer os anseios daqueles que pretendem se relacionar com seus parceiros como eles são e viver de forma mais independente.

Reformulação das expectativas. 

Uma relação estável pode ser ótima, mas isso só tem chance de acontecer, para a maioria, se forem reformuladas as expectativas a respeito da vida a dois, como: total respeito ao outro e ao seu jeito de ser, suas ideias e suas escolha; nenhuma possessividade ou manifestação de ciúme que possa limitar a vida do parceiro; poder ter amigos e programas em separado; nenhum controle da vida sexual do parceiro. Poucos concordam com essas ideias, na medida em que é comum alimentar a fantasia de que só controlando o outro há a garantia de não ser abandonado.

Geralmente, quando uma mulher quer romper um casamento tenta conversar, buscar junto uma solução amigável. Isso acontece mesmo que ela não esteja envolvida em outra relação amorosa. Nem sempre os homens conseguem comunicar sua decisão de se separar de forma tranquila. É possível que a culpa por estar se afastando dos filhos e mesmo da mulher – há anos comprometido em proteger – leve-os a fugir para não enfrentar uma situação tão delicada. O resultado pode ser rompimentos radicais e muito sofrimento.

Experiências.

No momento em que os modelos de amor, casamento e sexo se tornaram insatisfatórios, abriu-se espaço para novas experimentações no relacionamento afetivo-sexual. O orgasmo é a experiência humana de mais intenso prazer físico, mas é um fenômeno bastante amplo. Muitos e variados fatores integram o orgasmo e podem se combinar de infinitos modos. Temos sensações visuais, sonoras, auditivas, na pele, nos músculos, que atuam juntas nas proximidades e durante um orgasmo. Os menores movimentos podem mudar todo o cenário sensorial, além da emoção que acompanha tudo isso. Portanto, não há dois orgasmos iguais. Eles podem variar de uma banalidade biológica a uma sensação maravilhosa de êxtase, que faz tudo à volta brilhar.

Sem modelos para o amor independente que predominará no futuro, tudo indica que a tendência nas relações amorosas é não haver modelos, ou seja, a escolha de cada um pela sua forma de viver. Até agora, homens e mulheres foram cobrados a se enquadrar em modelos para alcançar aceitação social. A questão é que isso aniquila as singularidades, tornando todos parecidos. Quem desejar se relacionar durante 30 anos com uma única pessoa, e só com ela fazer sexo, não será olhado com estranheza. Assim como os que desejarem ter vários parceiros também serão bem aceitos. (Regina Lins/AD)

 

 

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https://www.osul.com.br/esta-cada-vez-mais-distante-o-tempo-em-que-se-acreditava-que-amar-exigia-sacrificios/ Está cada vez mais distante o tempo em que se acreditava que amar exigia sacrifícios 2015-12-12
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