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Colunistas Estado faminto, cidadão diminuído

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(Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O Estado, de forma geral, é detentor de apetite insaciável, buscando ocupar espaços, expropriar recursos e angariar poder. É premissa dos governos de ocasião prometer cada vez mais “trabalho”, o que pressupõe aumento das atribuições e, por consequência natural, aumento do aparato estatal e do establishment. É comum vermos, em períodos de eleição, promessas e mais promessas de cunho o mais variado possível. Infelizmente essa é a maneira de conquistar votos aqui pelos nossos pagos. Falhamos ao não detectar que, a cada nova promessa, o político propõe aumentar ainda mais o número de funções do Estado. Ora, já não bastam os inúmeros (des)serviços pelos quais pagamos e não recebemos? Pagamentos esses que têm na essência uma agressão ao indivíduo, pois temos nossos próprios recursos, frutos do nosso trabalho, sendo expropriados a todo momento sob forma de impostos e/ou inflação, sem prévia autorização ou concordância. Os serviços, que antigamente eram prometidos a todos, hoje são prometidos apenas aos mais necessitados, justamente pela ineficiência completa do governo em provê-los. Logo mais pagaremos impostos apenas para pagar as despesas pesadas do establishment burocrático. Esse é o risco de aceitarmos os serviços prometidos e cobrarmos ainda mais presença estatal em nossas vidas, bradando que é função do Estado fazer isso ou aquilo.

A cada novo serviço prometido – e nesse caso aceito pela população –, abrimos um novo precedente. Cada novo precedente, intrinsecamente, significa um novo passo dado em direção ao aumento das atribuições estatais. Passo esse do qual dificilmente se poderá recuar, salvo a partir de alguma reforma ou reparação mais agressiva a posteriori. O político bom seria aquele que justamente prometesse cortar as inúmeras atribuições que não cabem ao Estado e se focasse no que há de essencial e justifique alguma forma de intervenção. Mas, infelizmente, tal político é tido como um malfeitor que não pensa nos mais necessitados, quando ele justamente propõe uma forma diferente de gerir a máquina, a fim de que haja menos corrupção, mais eficiência e menos coerção estatal. Ao fim e ao cabo, percebemos que os mais necessitados não condenam esse perfil de político. Quem o condena de fato é aquele que depende diretamente das benesses distribuídas irresponsavelmente ao longo de muitos anos pelo governo e que, não por acaso, desfruta de uma vida confortável. Devemos urgentemente parar de acreditar nas falácias contadas pelos governantes sob forma de história infantil apenas para inchar ainda mais o Estado burocrático e paquidérmico e para se (re)eleger sem que você perceba.

Felipe Morandi é empresário e associado do IEE.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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