Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2015
Apenas bombardear a infraestrutura de petróleo da milícia extremista EI (Estado Islâmico) não será suficiente para desmantelar o financiamento da máquina de guerra jihadista, indicavam avaliações de inteligência no Ocidente, à medida que desvendam a escala e a complexidade da economia que é gerida pelo grupo.
A coalizão encabeçada pelos Estados Unidos contra o EI comemorou há poucos dias ter matado o responsável pela área financeira, Abu Salah. O presidente Barack Obama saudou sua morte, como parte do esforço concentrado para atacar o grupo jihadista e a sua liderança “mais energicamente do que nunca”. Mas, em uma apuração do FT (Financial Times) sobre as finanças do EI, várias altas autoridades de inteligência e diplomatas disseram que, sem uma campanha militar em terra, será difícil impedir o EI de cust20ear suas operações essenciais – e pagar seus mais de 30 mil combatentes.
Uma autoridade de inteligência da coalizão disse que se estima que o EI possua reservas suficientes para manter as suas operações militares nos níveis atuais por três anos. Quando a coalizão começou sua campanha de bombardeio, em outubro de 2014, disse essa autoridade, a avaliação da época era que o grupo terrorista começaria a sentir o aperto financeiro dentro de 12 meses. Com base em documentos e em dezenas de entrevistas com ex-comandantes do EI, autoridades iraquianas e sírias em território do EI e com diplomatas da coalizão, o FT formulou sua própria avaliação da situação financeira do EI. No total o grupo arrecada perto de 900 milhões de dólares ao ano, de acordo com análise do FT.