Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 24 de março de 2016
O grupo EI (Estado Islâmico) treinou ao menos 400 terroristas para atuar em atentados na Europa, criando células extremistas como as que atacaram Bruxelas, na Bélgica, na terça-feira, e Paris, na França, em 2015, e que são orientados a escolher a hora, o lugar e o método que levem ao maior número de mortos, apurou a agência de notícias Associated Press. A rede de células terroristas ágeis e semiautônomas mostram o alcance do grupo na Europa, mesmo que ele esteja perdendo terreno na Síria e no Iraque.
As fontes, incluindo oficiais da inteligência europeia e iraquiana e um procurador francês que acompanha as redes jihadistas, descrevem campos na Síria, no Iraque e possivelmente no antigo bloco soviético nos quais combatentes são treinados para atacar o Ocidente. Antes de ser morto em uma perseguição policial, o líder dos ataques de 13 de novembro, em Paris, afirmou que entrou na Europa em um grupo multinacional de 90 combatentes, que se espalharam “praticamente para todo lugar”.
Segundo estimativas, entre 400 e 600 terroristas do EI foram treinados especificamente para ataques externos, de acordo com as fontes ouvidas, incluindo Nathalie Goulet, co-diretora de uma comissão que rastreia redes jihadistas. “A realidade é que se soubéssemos exatamente quantas redes havia, isto não estaria acontecendo”, disse.
As unidades parecem ser lideradas por falantes de francês com ligações com o Norte da África, a França e a Bélgica, que são responsáveis por desenvolver estratégias para ataques na Europa.