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Colunistas Estados endividados podem custar R$ 85,9 bilhões para a União

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(Foto: Usp/Imagens)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Um cálculo preliminar trazido ontem pela consultoria Tendências, mostra que a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal pelo grupo de Estados mais endividados, entre os quais figura o Rio Grande do Sul, poderá custar R$ 85,9 bilhões ao Tesouro Nacional.

A consultoria elaborou uma lista que inclui o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, Estados que já decretaram estado de calamidade financeira e são candidatos naturais ao chamado RRF.

Os números são grandiosos: nos próximos três anos, se fecharem o acordo, apenas estes Estados deixariam de pagar para os cofres públicos, respectivamente, R$ 11,2 bilhões, R$ 7,4 bilhões e R$ 14,6 bilhões. Para completar o montante, fazem parte da lista São Paulo, Goiás, Alagoas e Mato Grosso do Sul.

A renegociação da dívida e o rombo do orçamento

O calculo da consultoria Tendências compara que os R$ 85,9 bilhões que custariam para a União a renegociação das dívidas deste grupo de Estados, equivale a mais da metade do rombo de R$ 139 bilhões das contas do Governo Central previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano. O orçamento reúne Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social.

Fiergs traz boa notícia

A Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul) traz à coluna uma notícia positiva: o Índice de Desempenho Industrial gaúcho voltou a crescer em novembro de 2016, o último até aqui avaliado, na comparação com o mês anterior, depois do ajuste sazonal. A elevação chegou a 3,1%, a primeira após dois meses de queda e a maior taxa desde abril de 2013, quando foi de 4,4%.

“Os resultados confirmam a tendência de estabilização da atividade observada nos últimos meses. Os sinais de leve melhora estão muito mais relacionados à base fraca de comparação do que a uma mudança no cenário econômico”, alerta o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.

Rombo, ou roubo nos fundos de pensão?

O governo federal trabalha com uma meta paralela que vem sendo cobrada, na gestão de órgãos estatais: além de gerar resultados administrativos das próprias empresas, os gestores precisam realizar ações para recuperar os rombos em fundos de aposentadoria deixados como herança dos governos Lula e Dilma.

O rombo acumulado dos quatro principais fundos de pensão de estatais – Correios (Postalis), Petrobras (Petros), Caixa Econômica Federal (Funcef) e Banco do Brasil (Previ) – deve ter ultrapassado R$ 46 bilhões em 2015. A conta considera números preliminares dos balanços anuais a serem divulgados nos próximos meses e dados dos conselhos fiscais das entidades.

O rombo de R$ 46 bilhões é o déficit atuarial, ou seja, se o fundo fosse obrigado a pagar hoje todos os benefícios atuais e futuros aos funcionários dessas empresas e autarquias, esse seria o tamanho da fatura. O curioso em tudo isso, é que a esse respeito, reina um pesado silêncio nas centrais sindicais, que em tese, deveriam defender os trabalhadores dessas empresas, cujos complementos de aposentadorias acham-se comprometidos.

Sartori e o completivo do magistério

Andou bem o governador José Ivo Sartori ao largar na frente e, antecipando-se ao movimento do sindicato dos professores, anunciar ontem, que o Estado irá atualizar o valor da parcela completiva nos mesmos 7,64% de correção previstos para o Piso Nacional do Magistério, fixado em R$ 2.298,80 a partir deste mês. O completivo atinge basicamente, professores com contratos de 20 horas semanais. Hoje, um professor com 40 horas semanais tem um salário médio de R$ 4.252,00 no Rio Grande do Sul.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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https://www.osul.com.br/estados-endividados-podem-custar-r-859-bilhoes-para-a-uniao/ Estados endividados podem custar R$ 85,9 bilhões para a União 2017-01-19
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