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Brasil “Estão tentando criar clima para me prender”, afirma advogado e jornalista americano Glenn Greenwald

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"O que está me perturbando mais é que eu sei que o Sérgio Moro está tentando me investigar, que a Polícia Federal quer me prender", disse o jornalista (foto). (Foto: Divulgação)

O advogado e jornalista americano Glenn Greenwald mergulhou no centro de um furacão político desde que o veículo que fundou, o site “The Intercept Brasil”, passou a publicar conversas privadas de integrantes da Operação Lava-Jato.

Diante dos ataques, ele afirma que a sua maior preocupação hoje é o que vê como uma campanha de intimidação movida pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. O jornalista reclama ainda de uma ofensiva governista para descreditá-lo e até mesmo prendê-lo.

“Para mim, a ameaça mais grave é a emitida pelo [ministro da Justiça] Sérgio Moro, pela PF [Polícia Federal] e pelo governo Bolsonaro”, disse Greenwald, em entrevista concedida na última segunda-feira (22) – antes, portanto, da prisão de suspeitos de hackear o celular do ministro.

“O que está me perturbando mais é que eu sei que o Sérgio Moro está tentando me investigar, que a Polícia Federal quer me prender. Eles estão usando a linguagem de criminalizar o jornalismo, falando que nós somos ‘aliados do hacker’, quase me acusando de envolvimento no que acham que foi um hackeamento”.

No início do mês, em audiência na Câmara, Moro disse que respeita a liberdade de imprensa e que “não há qualquer perseguição a jornalista”. Já o presidente Jair Bolsonaro, em mensagem publicada no Twitter no último dia 20, também afirmou defender o papel da imprensa, mas acusou parte dela de “distorcer palavras e agir de má-fé”.

No último dia 2, o site O Antagonista informou ter apurado que a Polícia Federal pediu ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) um relatório das atividades financeiras de Greenwald. O objetivo seria identificar movimentações atípicas que pudessem ter relação com a invasão de celulares de integrantes da Lava-Jato. Na terça-feira (23), no entanto, a PF declarou que “não há inquérito policial instaurado com o objetivo de apurar a conduta do jornalista Gleen Greenwald”.

Troca de farpas

Quatro suspeitos de hackear celulares de autoridades foram presos na última terça-feira durante operação da PF nas cidades de São Paulo, Araraquara (SP) e Ribeirão Preto (SP). Após as prisões, Moro foi ao Twitter para parabenizar a ação da PF e apontou os presos como sendo a fonte das reportagens do Intercept.

O Intercept manteve a postura que adotou desde o início da publicação das mensagens e disse que não se pronuncia sobre a fonte do material. Mas Greenwald reagiu, também via Twitter, e acusou o ministro de tentar explorar as prisões para lançar dúvidas sobre a autenticidade das reportagens publicadas.

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