Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Uma das queixas do empresariado, ao longo de vários governos, foi a falta de interlocutores quando ia tratar da criação ou expansão de negócios. A maioria dos que assumiram a função no Executivo tinha interesse e boa vontade em levar projetos adiante. Faltava-lhes conhecimento e experiência na atividade privada, o que travou inúmeros investimentos. Por isso, a escolha de Ruy Irigaray para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social e Turismo tem sido elogiada pelos que produzem, comercializam, geram empregos e recolhem impostos.
Identificados
Após recente encontro de representantes de um setor da indústria com o secretário Irigaray, já no elevador do Centro Administrativo, surgiu o comentário: “Esse é do ramo. Como nós, já teve noites mal dormidas, na dúvida se o cliente depositaria o valor da compra na conta bancária, o que permitiria pagar a folha salarial e os impostos no dia seguinte.”
Ficam contidos
O PP buscava a vaga, mas Agostinho Meirelles, do PTB, será o novo secretário de Articulação e Apoio aos Municípios. Alguns progressistas queriam reclamar porém foram contidos. Tendo Otomar Vivian na chefia da Casa Civil, devem seguir as regras da diplomacia, mesmo que contrariados.
Reforma na gangorra
O cenário de Brasília em três atos:
1º) “Sou um animal de combate, mas em Economia”, declara o ministro Paulo Guedes, ao rejeitar a tarefa de articulador político da reforma da Previdência.
2º) O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, diz que continua a participar ativamente da aprovação da reforma, mas sem condições de ser um articulador político do governo em relação ao tema.
3º) Parlamentares aguardam a abertura de um balcão de negócios na frente do Palácio do Planalto. Seria uma espécie de porta da esperança para desejos até agora não realizados. Como resposta, terão pesadelos.
Persiste o impasse
A empresa Cais Mauá do Brasil S.A., arrendatária dos armazéns do porto, respondeu ontem à notificação do governo por descumprimento do contrato. Um escritório de advocacia, contratado em São Paulo, pediu perdão da dívida que tem com o Estado. É inviável porque o poder público não pode abrir mão de receita. Requereu também prorrogação de prazo para as providências solicitadas, incluindo o começo das obras. Dependerá de reunião, quinta-feira, no Palácio Piratini.
Vão se abrir as cortinas
A Proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias chegará ao Congresso Nacional na próxima segunda-feira, revelando pela primeira vez o que o governo federal projeta para 2020. Trata-se de uma carta de intenções, cujo detalhamento ocorrerá depois, quando for elaborado o Orçamento Geral da União. A votação final ocorrerá em dezembro. Neste ano, o presidente Bolsonaro segue a cartilha elaborada pela gestão Temer.
Polêmica
Em 2001, penúltimo ano do governo Fernando Henrique Cardoso, o então senador Roberto Freire, do PPS (sucessor do PCB), uniu-se aos que defendiam a desmontagem do aparato oligárquico das corporações nas estatais. Declarou que “essas empresas sempre foram instrumentos para o exercício do tráfico de influência, das advocacias administrativas e do prestígio político”. A deputada estadual Any Ortiz, do mesmo partido de Freire, poderá usar o argumento no debate sobre o futuro da CEEE, da Sulgás e da Companhia Riograndense de Mineração.
Sempre com atraso
A Comissão de Meio Ambiente do Senado vai analisar, amanhã, projeto que amplia as condições de segurança e proteção para atividades de exploração mineral. É sempre assim: formam comissões, analisam e debatem depois de tragédias, como as de Minas Gerais, que deixaram 312 mortos. O rompimento das barragens era previsto por técnicos.
Alta rotação na arrancada
Como 2012 e 2016, Celso Russomano, do PRB, larga agora em 1º lugar na pesquisa entre candidatos à Prefeitura de São Paulo. Depois, o balão esvazia.
Precisam contar tudo
A CPI do BNDES começará a ouvir, amanhã, ex-presidentes da instituição. Ainda estão em liberdade.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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