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Geral Estilista cria vestidos usando apenas papel higiênico

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Vestido de noiva feito com rolos de papel higiênico e TNT. (Foto: Reprodução)

A origem humilde não impediu que a estilista Lua Guirra, 35 anos, atingisse a alta costura no Distrito Federal: objetos que normalmente iriam para o lixo – como garrafas PET, fitas VHS, caixas de ovos, jornais e plásticos – ganham nova utilidade pelas mãos dela e se transformam em peças de até 2 mil reais. Entre as criações está um vestido de noiva feito com 30 rolos de papel higiênico e tiras de TNT.

“Faço aquele trabalho artesanal e fico feliz em criar coisas diferentes, únicas, que ninguém imaginava fazer com esse tipo de coisa. Já vi peças parecidas com as minhas com pano, mas não trazendo lixo. O bom que estou vendo nisso é fazer uma arte única”, conta.

Peças levam até 60 dias para serem feitas. (Foto: Reprodução)

Peças levam até 60 dias para serem feitas. (Foto: Reprodução)

As primeiras experiências no mundo da moda começaram na infância. Quando criança, Lua costurava roupas de bonecas. Na adolescência, não gostava de estar igual aos outros e decidiu fazer as próprias peças. Depois de adulta, se especializou em customizar e ajustar vestidos de noiva em ateliês de Brasília. Também já trabalhou como modelo em algumas ocasiões.

Mas o envolvimento mesmo com a profissão só aconteceu quando, a pedido de um dos nove irmãos, criou vestidos para um desfile beneficente de uma creche, em outubro de 2013. As peças dela chamaram a atenção, e Lua passou a ser convidada para eventos e fotos de revistas.

Desde então, a mulher conta ter feito 20 eventos e criado 30 peças. A matéria-prima vem de doações de amigos e vizinhos, além de fãs em redes sociais. Restos de bijuterias, copos descartáveis, cadernos, formas de brigadeiro, folhas de cajueiro e livros se juntam, no ateliê improvisado em casa.

O tempo de produção de cada peça varia entre uma semana e dois meses. Por causa do material, a estilista recomenda que as roupas sejam mantidas em ambientes secos e sem exposição ao sol. Os itens geralmente são feitos para eventos de empresa, e a estilista tem 16 modelos voluntárias para apresentá-los.

“Há pouca encomenda, porque ainda há muito preconceito em relação ao uso de material reciclável”, explica Lua. “Reciclagem aqui no Brasil é visto como lixo. Simples assim.”

Apesar da baixa procura de clientes, a mulher já recebeu convite para levar o trabalho para a Itália. Ela agora busca patrocínio para conseguir fazer a viagem e passar um ano em Milão estudando moda.

“O diferencial é o alerta ambiental e conscientização, além da arte de criar looks chamativos, que mexem com a imaginação do público”, avalia a estilista. “E o maior benefício é o prazer de ser reconhecida através da arte da reciclagem.” (AG)

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https://www.osul.com.br/estilista-cria-vestidos-usando-apenas-papel-higienico/ Estilista cria vestidos usando apenas papel higiênico 2015-09-03
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