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Brasil Estudante transexual é fotografada por militar ao fazer alistamento, é exposta na internet e recebe ameaças

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Marianna Lively passou a receber ligações, com ofensas transfóbicas, ameaças e até convites para sair. (Foto: Reprodução)

A estudante Marianna Lively,  18 anos, está sendo vítima de uma perseguição assustadora, recebendo ligações e até mesmo visitas em casa. Na última quarta-feira (23), ela esteve no 4º Batalhão de Infantaria Leve, em Osasco (SP), para se alistar no serviço militar, como manda a lei. A jovem, que é transexual, foi fotografada dentro do quartel e teve sua imagem espalhada pelas redes sociais, assim como sua ficha de inscrição, com seu nome de registro, que ela não usa.

Desde que soube que fotos suas estavam circulando pela internet – a partir de uma amiga -, Marianna passou a receber ligações, com ofensas transfóbicas, ameaças e até convites para sair. Assustada, a jovem preferiu procurar abrigo com parentes.

“Ela viu um soldado com um celular no segundo andar do quartel, em um vão, mas não deu tanta atenção, pois não desconfiava que tamanho absurdo poderia acontecer. Ficou surpresa quando, no sábado, começaram a ligar para a casa dela e a mandar mensagem para o WhatsApp, o dia inteiro. Mandaram tanto mensagens de ódio quanto chamando para sair, chamando pelo nome de registro”, explica a advogada Patricia Gorisch, presidente da Comissão Nacional de Direito Homoafetivo do Instituto Brasileiro de Direito de Família, que ajuda Marianna no caso.

Quando entrou no Facebook, Marianna viu que já tinha muita gente comentando e que todos os dados dela estavam na internet: endereço, telefone, nome do pai e da mãe. Abalada com a situação, a estudante desabafou no Facebook?

“No dia seguinte, 24/09, fui lá no local esclarecer com o capitão da base que eu havia me apresentado. O capitão pediu desculpas pelo transtorno, disse que a pessoa que havia feito o ato de infantilidade iria ser punido, mas, ao mesmo tempo que ele me dizia isso, ele dizia que era para eu deixar as coisas se acalmarem e trocar simplesmente de telefone, como se fosse reparar o erro deles”, escreveu Marianna, na rede social.

A estudante decidiu registrar uma ocorrência na Polícia Civil, onde foi aconselhada a procurar também autoridades militares para prestar queixa. De acordo com a advogada Patricia Gorisch, depois que a história se tornou pública, a Coordenadoria Geral de Promoção dos Direitos LGBT, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, entrou em contato, pedindo que a denúncia fosse formalizada, o que deve ser feito nos próximos dias.

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