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Por Redação O Sul | 4 de janeiro de 2016
Embora o número de vagas de residência no Brasil seja menor do que o de estudantes que se formam em Medicina todos os anos, somente 54% dos novos postos abertos entre 2014 e 2015 no País foram preenchidos, segundo dados do MEC (Ministério da Educação).
O cálculo foi feito com base nas taxas de ocupação de programas de residência de dez das principais especialidades médicas. Juntas, cirurgia geral, dermatologia, cardiologia, ortopedia, ginecologia e obstetrícia, urologia, pediatria, medicina da família e comunidade, cancerologia e radiologia tiveram 24.254 vagas de residência criadas entre 2014 e 2015, o equivalente a um terço de todos os postos do País. Desse número, apenas 13.194 vagas foram ocupadas.
O MEC não informou a taxa de ocupação de todos os programas de residência existentes no Brasil, mas, segundo a ANMR (Associação Nacional dos Médicos Residentes), mesmo quando consideradas todas as especialidades, a taxa se mantém em torno de 55%. “Uma série de fatores contribui para essa alta taxa de ociosidade. Um deles é a baixa qualidade de alguns programas de residência, o que afasta os médicos. ”O governo quis ampliar o número de vagas, mas se preocupou mais com quantidade do que com qualidade“, disse Arthur Danila, presidente da ANMR, citando a lei do programa Mais Médicos, que prevê a criação de 12 mil vagas de residência até 2018. (AE)