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Colunistas Eternas dúvidas

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Arte: Marcos Cunha/O Sul

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

EXISTE “OUTRA ALTERNATIVA”? 

Você certamente já se deparou com a expressão outra alternativa.  Será que ela existe?

Muita gente, até mesmo em programas de televisão, revela essa dúvida. Alguns até já trazem a resposta, dizendo que é uma redundância, por causa da origem da palavra “alternativa”.

ALTER significa “outro”. Assim sendo, dizer “outra alternativa” seria um sacrilégio. Deveríamos, por isso, dizer “outra opção”.

Etimologicamente, essas pessoas podem até ter razão, mas a verdade é que, hoje em dia, alternativa se tornou sinônimo de opção. Não chega a ser um erro, mas, se pudermos evitar, é melhor.

Quando dizemos que “não há alternativa”, já estamos afirmando que só temos uma opção.

Não é preciso dizer que temos “outra alternativa”. Basta dizer que temos “uma alternativa”, que já significa que temos “outra opção”.

E lembre-se, “duas alternativas” não está errado: são “duas outras opções”.

CANDIDATO “A DEPUTADO” OU “À DEPUTADO”? 

Sempre que chega a época das eleições, tanto as propagandas eleitorais quanto os telejornais nos premiam com muitas pérolas.

Uma delas é escrever “Fulano, candidato À deputado”, com acento indicador de crase na preposição A. Talvez isso ocorra porque as pessoas se atrapalham com as seguintes situações:

“Candidato À REELEIÇÃO” (com o acento indicativo da crase, correto);

“Candidato A DEPUTADO” (sem o acento da crase).

A diferença entre os dois exemplos é que no segundo caso não há ocorrência de crase (união de dois as) já que “deputado”, além de ser um substantivo masculino, está tomado no sentido genérico, isto é, sem artigo definido.

É o mesmo caso de “candidato A PRESIDENTE”, “candidato A GOVERNADOR”, tudo sem o acento grave indicativo da crase.

E atenção, se houver uma “candidata A SENADORA”, ou uma “candidata A PRESIDENTA”, também não ocorre crase.

Nós VIMOS ou VIEMOS à reunião? 

Muita gente tem dúvida na hora de flexionar o verbo VIR. Quer um exemplo: Como você diria: “Nós VIMOS ou nós VIEMOS à reunião?” A resposta é: depende. Sim, depende do tempo a que nos referimos.

A forma VIMOS é do presente do indicativo. Por exemplo:

“VIMOS, por meio desta, solicitar…” (o verbo VIR está na 1 pessoa do plural, no presente do indicativo);

A forma VIEMOS é do pretérito, do passado. Exemplo:

“Ontem nós VIEMOS à reunião.” (o verbo VIR está também na 1 pessoa do plural, mas desta vez no pretérito perfeito do indicativo).

Muita gente evita usar o presente, porque a forma VIMOS é, também, o passado do verbo VER: “Nós o vimos ontem, quando saía do escritório”.

Para não ter dúvidas sobre qual é o verbo que está sendo usado (o VIR ou o VER), ponha o verbo no singular. Veja:

“VENHO, por meio desta, solicitar…” (essa é a 1 pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1 do plural);

“Eu o VI ontem, quando saía do escritório” (essa é a 1 pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1 do plural).

Fulano é SUPER PAI, SUPER-PAI ou SUPERPAI?

Eis que voltamos ao uso (ou não) do hífen, esse tema tão frequente em provas e concursos.

A forma correta é SUPER PAI (separado), SUPER-PAI (com hífen) ou SUPERPAI, tudo junto?

Com os prefixos terminados em “R” (SUPER, HIPER e INTER), usamos hífen quando a palavra seguinte começa por “H” ou “R”: super-homem, super-herói, super-resistente, super-rápido, hiper-realismo, inter-regional, inter-helênico. Tudo isso é com hífen.

Com as demais letras, devemos escrever sem hífen, sempre junto: supermercado, superinteressante, supersábado, superlegal, SUPERPAI, hipermercado, hipertensão, interestadual, intermunicipal, internacional, etc.

As formas “super pai” (separado, sem hífen) e “super-pai” (com hífen) estão erradas.

BODE ESPIATÓRIO ou EXPIATÓRIO?

Como vocês escreveriam a expressão bode expiatório, que significa “penar pelas culpas alheias”?

Pois é, ao contrário do que muita gente pensa, esse bode aí não é um sujeito chato que vive espionando a vida dos outros, no caso, um “bode espião”.

Por isso é que não se escreve com S, mas com X. Isso mesmo, escreva BODE EXPIATÓRIO, com X.

Esse adjetivo vem do verbo EXPIAR (com X), que significa “penar, sofrer”, e não de ESPIAR (com S), cujo sentido é espionar, bisbilhotar.

O tal bode expiatório é aquele que paga pelas culpas alheias, é quem pena pelos outros.

A origem é bíblica. Os hebreus tinham o costume de, anualmente, fazer uma festa para aplacar a ira divina. Um bode, após receber todas as maldições, era jogado no deserto. Sua função era expiar, ou seja, redimir, purificar a culpa do povo. Daí o bode expiatório.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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