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Brasil “Eu poderia levar uma ovada na cara”, diz Bolsonaro sobre cancelamento de viagem a Nova York

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(Foto: Carolina Antunes/PR)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (12) que não “passou recibo” ao desistir da viagem a Nova York nesta semana, onde seria homenageado num jantar de gala. “Eu poderia levar uma ovada na cara”, justificou.

Após pressões de ativistas e do prefeito da cidade norte-americana, Bill de Blasio, Bolsonaro cancelou a agenda em Nova York. Agora, a homenagem será entregue em Dallas, no estado do Texas, nos dias 15 e 16 de maio, onde o mandatário deve ser recebido pelo ex-presidente George W. Bush e se encontrar com o senador republicano Ted Cruz.

“Eu não posso ir para um evento desses [em Nova York], que teria gente infiltrada para fazer balbúrdia. Eu poderia levar uma ovada na cara, e essa seria a imagem que ia levar para o mundo todo”, justificou Bolsonaro neste domingo, durante entrevista no programa do jornalista Milton Neves, da rádio Bandeirantes.

Bolsonaro disse que De Blasio assumiu sua postura por ter pretensões de disputar as primárias pelo partido Democrata, que definirão o adversário do presidente Donald Trump nas eleições presidenciais do ano que vem.

“Ele [De Blasio] é um fanfarrão e paspalhão. Se tivesse o PSOL lá, seria o partido dele”, disse Bolsonaro.

“Eu não posso ir a sua casa e o seu filho falar que vai jogar uma bandeja de macarrão em cima de mim”, completou o presidente na entrevista, dirigindo-se a Milton Neves.

“Eu tenho que pensar na minha imagem como presidente. Eu não posso aparecer na capa de jornal com o ovo jogado por um palhaço de um ativista desse prefeito, não menos palhaço e não menos bobalhão”, concluiu.

A viagem de Bolsonaro aos EUA para receber o prêmio de Pessoa do Ano da Câmara de Comércio Brasil-EUA está marcada por polêmicas.

No mês passado, o Museu de História Natural de Nova York se recusou a receber o evento.

Ativistas articulam protestos para agenda de Bolsonaro em Dallas

Às vésperas da chegada de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, nesta quarta-feira (15), ativistas brasileiros e americanos preparam novos protestos contra o presidente na tentativa de fazê-lo cancelar uma visita de dois dias a Dallas, no Texas, elaborada às pressas pelo Itamaraty.

Acadêmicos e grupos ligados principalmente às causas LGBT, mulheres, negros e indígenas organizam manifestações e uma petição contra Bolsonaro sob o argumento de que o presidente brasileiro não é bem-vindo no estado americano por suas posições consideradas homofóbicas e racistas.

“A coisa mais importante sobre a petição [que pede o cancelamento da viagem de Bolsonaro a Dallas] é informar ao público texano sobre as atrocidades desse homem, e estamos conseguindo articular isso”, disse a americana Ellen Waggoner Roeder, da Universidade do Texas.

Ela integra o movimento “The Lantern” que, juntamente com o “RES-ATX”, ambos da cidade de Austin, elaborou a petição. A eles, somam-se outros grupos de Dallas que preparam um ato em frente ao World Affairs Councils, onde Bolsonaro deve almoçar com empresários na quarta e receber uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-EUA.

“Existem vários grupos nos EUA que se colocaram como oposição ou, no mínimo, no monitoramento da política no Brasil. Junto com o The Lantern, formam o US Network for Democracy in Brazil, relacionados a acadêmicos, e são eles que estão organizando as manifestações”, afirmou o brasileiro Marcelo Domingos.

Aliados do presidente nos EUA ainda não têm detalhes da agenda e nem sobre quem vai acompanhá-lo ao Texas. Eles reclamam da desorganização do governo, que se dividiu sobre o que deveria ser feito após a desistência da viagem a Nova York.

Em Dallas, até agora, o almoço com empresários no World Affairs Councils é o único compromisso confirmado de Bolsonaro.

Enquanto a ala militar do Planalto defendia que Bolsonaro não fosse aos EUA de nenhuma maneira esta semana, o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) trabalhou para articular uma alternativa para que o presidente tentasse fugir dos protestos.

Texas é um estado historicamente conservador e republicano, apesar de o prefeito de Dallas, Mike Rawlings, ser democrata.

Diferentemente de Blasio, Rawlings disse em nota que, apesar de “discordar fortemente” de algumas posições de Bolsonaro, não vai se envolver em disputas políticas públicas.

“Eu tenho um grandes respeito pelo povo do Brasil e não vou me envolver em uma disputa política pública com nenhum líder democraticamente eleito.”

A previsão é que estejam na comitiva os ministros Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Augusto Heleno (GSI) e o chanceler Ernesto Araújo.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, também pode viajar ao Texas, estado com interesses no setor de petróleo.

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