Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de janeiro de 2016
O governo norte-americano endureceu as regras do programa de dispensa de visto, que permite a cidadãos de 38 países permanecerem nos EUA três meses sem autorização prévia de consulados ou embaixadas.
Pessoas que estiveram no Irã, Iraque, Sudão ou Síria desde o dia 1 de março de 2011, ou aquelas que têm dupla nacionalidade desses países, terão de passar pelo processo normal de concessão de vistos.
A medida é uma resposta do governo norte-americano aos últimos ataques terroristas e visa dificultar a entrada nos EUA de europeus que foram recrutados pelo EI (Estado Islâmico). A medida havia sido aprovada pelo Congresso no mês passado e começa a ser implementada.
Iraque e Síria são os países com maior presença de militantes do EI e vêm atraindo um grande número de europeus que querem se juntar ao grupo. Irã e Sudão estão na lista do governo dos Estados Unidos de Estados que patrocinam o terrorismo.
Haverá exceções para a nova regra do programa, que serão analisadas caso a caso pelo Departamento de Segurança Interna: integrantes de ONGs, jornalistas, militares ou representantes de organizações internacionais.
O Brasil não faz parte do programa de dispensa de visto, apesar de intensas negociações do governo brasileiro.
Uma das exigências do programa é uma taxa de rejeição de vistos abaixo de 3% — indicativo de que menos pessoas com perfil de imigrante ilegal estariam tentando viajar aos EUA. No Brasil, a taxa de rejeição está em 3,2%, mas não é só isso.
Os EUA exigem dos participantes compartilhamento de dados de segurança e inteligência, rapidez para registrar passaportes perdidos ou roubados e padrões de combate a terrorismo e controle de fronteiras. Na América Latina, só o Chile está dentro do programa. (Folhapress)