Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 19 de dezembro de 2019
Morales fez a afirmação na manhã desta quinta-feira
Foto: DivulgaçãoO ex-presidente Evo Morales afirmou nesta quinta-feira (19) que continua sendo chefe do governo da Bolívia, já que sua renúncia, apresentada por causa de um golpe de Estado, devia ter sido aceita ou rejeitada pelo Congresso, o que “nunca ocorreu”.
Morales fez a afirmação na manhã desta quinta-feira, durante entrevista à imprensa no Centro Cultural da Cooperação, em Buenos Aires. O ex-presidente está na Argentina há uma semana, na condição de refugiado. Ele renunciou à Presidência da Bolívia no dia 10 de novembro e asilou-se no México.
Morales tinha sido eleito para mais um mandato presidencial em 20 de outubro deste ano, mas as eleições foram anuladas após a constatação de graves irregularidades e fraude, indicadas por uma auditoria da OEA (Organização dos Estados Americanos)
Nesta quinta-feira, em mensagem no Twitter, ele diz que, legalmente, continua sendo presidente da Bolívia, porque sua “renúncia não foi considerada pela Assembleia Legislativa, como dispõe o Artigo 161 número 3 da Constituição Política do Estado”.
Além disso, Morales diz que não foram cumpridos os procedimentos para uma sucessão constitucional, razão pela qual a senadora Jeanine Áñez proclamou-se ilegalmente presidente após a renúncia dele.