Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2017
James Comey, ex-diretor do FBI (a polícia federal dos Estados Unidos), afirmou no Senado americano, nessa quinta-feira, que o presidente Donald Trump o difamou. Ele foi demitido de maneira repentina pelo presidente, em maio. As circunstâncias da sua demissão não ficaram claras.
“Embora a lei não exija nenhum motivo para demitir o diretor do FBI, a administração Trump escolheu me difamar e, mais importante, difamar o FBI ao dizer que a organização estava em desordem, e que a força de trabalho havia perdido confiança em seu líder”, declarou.
Durante o depoimento na Comissão de Inteligência do Senado, Comey disse que Trump elogiou por várias vezes o seu trabalho. “Eu entendi que estava fazendo um bom trabalho. Fiquei confuso quando soube pela imprensa que tinha sido demitido por causa da investigação sobre a Rússia. Isso não fazia nenhum sentido para mim”, declarou.
Comey afirmou não ter dúvidas de que a Rússia tentou interferir na eleição presidencial americana. Ao ser perguntado se “tinha alguma dúvida de que a Rússia tentou interferir” , ele respondeu: “Nenhuma”.
Dias depois de Comey se desligar do posto, o jornal americano The New York Times divulgou um memorando em que Comey relata o pedido do presidente para que ele encerrasse a investigação sobre o antigo conselheiro de segurança nacional, Michael Flynn, suspeito de estar em contato com a Rússia durante a campanha presidencial.