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Por Redação O Sul | 30 de abril de 2017
Ex-dirigentes do PROS (Partido Republicano da Ordem Social) confirmaram à revista “Veja” a informação de delatores da Odebrecht de que a legenda vendeu seu tempo de rádio e TV à campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014. Os ex-dirigentes confirmaram à TV Globo as afirmações feitas à revista.
Ainda de acordo com a revista, esses dirigentes afirmaram que o PROS vendeu, por R$ 2 milhões, seu tempo de rádio e TV para candidatos que disputavam eleição para governos estaduais em 2014.
De acordo com eles, a venda foi feita às campanhas de Paulo Skaf, candidato do PMDB em São Paulo; Delcídio do Amaral, candidato do PT em Mato Grosso do Sul; Marconi Perillo, candidato do PSDB em Goiás; e Anthony Garotinho, candidato do PR no Rio de Janeiro.
O PROS negou, em nota, as acusações. De acordo com o partido, todas as doações de campanha que recebeu foram “devidamente prestadas a Justiça eleitoral.” O PROS afirmou ainda que os ex-dirigentes do partido que falaram à revista “não fazem parte do PROS, foram expulsos do partido e desde então tentam intervir na executiva por meio de ações judiciais infrutíferas, inclusive, com uma delas extinta diante da ilegitimidade ativa deles.”
O presidente Michel Temer afirmou que não vai se pronunciar. O PT disse que não vai comentar as denúncias. A reportagem contatou a assessoria da ex-presidente Dilma Rousseff, mas não havia obtido reposta até a última atualização desta reportagem.
Em depoimento ao Ministério Público Federal dentro de acordo de delação premiada no âmbito da Lava-Jato, o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, afirmou que o PT orquestrou um esquema para a compra do tempo de rádio e TV de cinco partidos que faziam parte da coligação de apoio à candidatura de Dilma: PROS, PCdoB, PRB, PDT e PP. De acordo com Alexandrino, cada partido receberia R$ 7 milhões, que foram pagos pela Odebrecht.