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Esporte Ex-funcionária do aeroporto diz que não teria poder de barrar voo da Chapecoense

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Celia teve o registro de refugiada aceito pelo governo brasileiro e aguarda o pedido de asilo. (Crédito: Reprodução)

A ex-funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia Celia Castedo Monasterio, que assinou o plano de voo do avião da LaMia que caiu na Colômbia, falou pela primeira vez depois da tragédia com o voo da Chapecoense.

Ela disse não se sentir responsável pela tragédia. “Em nenhum momento me senti responsável por algo que não fiz, não sou autoridade, por isso não me sinto responsável.” Embora no documento apareçam o carimbo e a assinatura de Celia, ela diz que não tinha poder de autorizar ou impedir a decolagem do voo da LaMia. “Não temos essa autoridade. Só recebemos o plano de voo.”

“A única autoridade é a direção-geral de Aeronáutica Civil. Eles são a instituição que fiscaliza e autoriza todos os voos na Bolívia”, acrescentou. Celia, que é acusada de homicídio culposo na Bolívia e pediu asilo no Brasil, diz que dois superiores diretos dela pediram para modificar o relatório, que apontou problemas no voo. A técnica aeroportuária trabalhava há 30 anos no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, ponto de partida do voo da LaMia.

“Das cinco observações, a que me chamou mais atenção e a qual reforcei três vezes foi a autonomia do voo. O combustível era exatamente para o tempo da rota. Mas, é claro, a parte de informação suplementar é de conhecimento unicamente da empresa aérea, a parte operacional e o comando é do piloto ou do despachante do voo. Essa parte a linha aérea é a única que pode fazer alguma modificação”, afirmou.

Celia ainda fez uma grave denúncia. Questionada se ela foi orientada a adulterar o relatório que tinha feito, ela respondeu que sim e falou que a orientação veio da chefia da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia.

“Sim. No dia seguinte me pediram por telefone, verbalmente, que mandasse por uma rede interna da instituição, um informe rápido sobre o que se passou no meu contato, no recebimento do plano de voo, e que explicasse, de forma clara, como eu o recebi e o que aconteceu com a pessoa. Ou seja, que esclarecesse quando eles receberam no sistema o meu informe, imediatamente me chamaram dizendo que modificasse o meu informe. No mesmo instante respondi que não faria de novo o informe.”

A investigação das autoridades colombianas apontou que a principal causa do acidente foi falta de combustível e que a Bolívia omitiu informações sobre o voo.

Asilo.

Para o governo boliviano, Celia deixou o pais ilegalmente, utilizando a fronteira que liga Puerto Súarez a Corumbá, no Mato Grosso do Sul. A boliviana teve o registro de refugiada aceito pelo governo brasileiro e aguarda o pedido de asilo, que tramita no Ministério da Justiça, em Brasília.

Celia diz que decidiu vir para o Brasil depois de ser ameaçada em seu país. “No dia seguinte ao acidente, recebi ameaças escritas, ameaças de morte, me responsabilizando pelo acidente.” “Pedi refúgio ao Brasil porque na Bolívia perdi todos os meus direitos, me acusaram diretamente e não me deram prazo para provar minha inocência porque num só dia me processaram duas vezes.”

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