Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Uma ex-ginasta ucraniana acusou um campeão olímpico de estupro

Compartilhe esta notícia:

Tatiana Gutsu usou rede social para fazer revelação sobre ex-ginasta Vitaly Scherbo e também criticou ex-companheira e outro esportista que não a defenderam. (Foto: Reprodução)

A ex-ginasta ucraniana Tatiana Gutsu fez uma postagem em seu perfil pessoal no Facebook onde acusa o também ex-ginasta Vitaly Scherbo, de Belarus, de estupro durante uma etapa da Copa do Mundo de ginástica artística nos anos 1990. Ela foi campeã olímpica do individual geral e por equipes em Barcelona 1992, quando defendia a CEI (Comunidade dos Estados Independentes). O suposto agressor é detentor de seis medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, todas pela CEI, em 1992. Gutsu chamou Scherbo de monstro e disse que ele a manteve por anos intimidada.

“Eu sobrevivi a você – Scherbo – e irei apoiar qualquer uma que quiser denunciar e que irá ganhar confiança em si mesma para ajudar outras”, concluiu no fim do post no Facebook.

No seu post, Gutsu, que hoje tem 41 anos, revela que foi estuprada por Scherbo no torneio que aconteceu em 1991 em Stuttgart, na Alemanha, quando ambos ainda defendiam a então União Soviética. A ucraniana também atacou sua companheira de equipe Tatyana Toropova, que não teria tomado partido, e outro ginasta chamado Rustam Sharopov, que foi ouro por equipes pela CEI na edição catalã e das barras paralelas, já pela Ucrânia, em 1996, e supostamente teria ajudado Scherbo a estuprá-la.

“Essa sou eu sendo corajosa após 27 anos. Tatyana Toporova, que eu pensava que era minha amiga e colega no time nacional da URSS obrigada por não ser corajosa por mim quando precisei que você se levantasse, que me apoiasse e lutasse pelos direitos da mulher em um ato tão terrível. Não é não. Você estava lá, ouviu tudo e não fez nada para me proteger… Rustam Sharipov, obrigado por ser um grande guarda-costas para seu amigo que me estuprou em Stuttgart 1991 e não me protegeu quando eu era uma garotinha com 15 anos.”

Campanha #MeToo

O escândalo sexual envolvendo o produtor de Hollywood Harvey Weinstein deu início a uma grande campanha on-line, com anônimas e atrizes revelando que também foram vítimas de abusos no passado. A hashtag #MeToo (Eu também) ganhou força no domingo, após a atriz Alyssa Milano pedir que outras mulheres relatassem suas experiências com abusos, assédios e agressões sexuais.

A atriz sugeriu que “se todas as mulheres que foram assediadas ou abusadas sexualmente escrevessem “Eu também”, nós daríamos as pessoas a magnitude do problema”. E foi exatamente o que aconteceu. De acordo com a empresa de monitoramento Crimson Hexagon, apenas no domingo a hashtag foi usada 109.451 vezes, e a mensagem publicada por Alyssa foi compartilhada mais de 20 mil vezes.

Muitos escreveram apenas a hashtag #MeToo, como as atrizes Anna Paquin, Patricia Arquette, Debra Messing, Anika Noni Rose e a cantora Lady Gaga, mas milhares de internautas fizeram relatos dos casos em que foram vítimas.

“Vivi uma vida em um mundo onde isto era esperado, cresci pensando que eu merecia isto”, escreveu uma delas. “Não consigo começar a contar o número de vezes ou de homens que foram longe demais”. O relato da escritora e poeta Najwa Zebian ilustra a situação vivida por milhares, senão milhões, de mulheres vítimas que são culpadas por serem abusadas. “Eu fui culpada por isso. Me disseram para nunca falar sobre isso. Me disseram que não era tão ruim. Me disseram para superar”, escreveu.

Alguns homens também fizeram seus relatos, como o ator da Broadway Javier Muñoz. “Eu também. Eu não sei se significa algo vindo de um homem gay, mas aconteceu. Diversas vezes”, contou.

As acusadoras de Weinstein incluem a atriz Gwyneth Paltrow, que disse ao The New York Times que foi assediada sexualmente por Weinstein há mais de 20 anos, e a atriz e diretora Angelina Jolie, que disse ao Times que teve “uma experiência com Harvey Weinstein em minha juventude e como resultado escolhi nunca mais trabalhar com ele novamente”.

Não é a primeira vez que uma campanha contra abusos sexuais se torna global. Em 2014, a hashtag #YesAllWomen ganhou as redes após atirador Elliot Rodger matar seis pessoas perto do campus da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara. Em vídeo gravado antes do ataque, ele disse que cometeria o crime por ódio contra as mulheres. No ano seguinte, a campanha #PrimeiroAssédio, inciada no Brasil, se espalhou para outros países, com mulheres relatando quando sofreram o primeiro assédio sexual.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Placa afixada em poste no Rio diz que roubos estão proibidos
Para evitar prisão, mãe escondia crack na boca de bebês
https://www.osul.com.br/ex-ginasta-acusa-campeao-olimpico-de-estupro/ Uma ex-ginasta ucraniana acusou um campeão olímpico de estupro 2017-10-17
Deixe seu comentário
Pode te interessar