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Por Redação O Sul | 9 de abril de 2016
Promotores federais dos Estados Unidos afirmaram nesta sexta-feira (08) que o ex-presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Dennis Hastert, abusou sexualmente de quatro adolescentes quando era treinador de luta livre em um instituto.
Apesar de não terem apresentado acusações contra Hastert por abuso sexual, pois os supostos crimes já teriam prescrevido, os promotores apresentaram nos tribunais os detalhes dos abusos dos meninos, já que estariam relacionados com outra causa na qual o ex-congressista vem sendo julgado por violação de leis bancárias, informou o jornal The New York Times.
Em maio do ano passado, o Departamento de Justiça dos EUA apresentou várias acusações contra Hastert, de 74 anos, por ter feito pagamento de até US$ 3,5 milhões para um homem para que ele mantivesse em segredo a relação sexual que ambos tiveram quando o ex-legislador era seu treinador.
De acordo com os documentos entregues à Justiça, durante as décadas de 1960, 1970 e 1980, Hastert acariciou um menino em um vestiário e depois praticou com ele um ato sexual, que não foi especificado. Além disso, abusou sexualmente durante vários anos de outro rapaz e fez massagem nas virilhas de mais um menino no quarto de um hotel.
Os relatórios apresentados pela promotoria falam de quatro adolescentes diferentes, o mais jovem deles de 14 anos, mas não fornecem detalhes sobre a quarta suposta vítima. Durante essas três décadas, Hastert era treinador de luta livre no instituto de um pequeno povoado de Illinois e, segundo os promotores, “usou a confiança que despertava entre os alunos” para se aproveitar sexualmente deles.
A Justiça norte-americana detectou grandes saques de dinheiro das contas bancárias e transações financeiras do ex-presidente da Câmara dos Representantes, que aconteceram entre 2010 e 2014.
Em outubro, Hastert se declarou culpado de ter violado leis bancárias para ocultar o pagamento de “más condutas passadas”, como silenciar essas relações sexuais. Pelo crime de violação das leis bancárias, Hastert pode pegar até cinco anos de prisão, mas a promotoria recomendou uma sentença de seis meses ou menos por considerar sua confissão. A decisão da Justiça está prevista para o dia 27 de abril.