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Brasil Ex-ministro da Justiça Eleitoral que atua como advogado de Bolsonaro virou réu por agredir a ex-mulher

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Admar Gonzaga Neto representa o presidente na disputa interna do PSL. (Foto: Arquivo/TSE)

O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios) marcou audiência de instrução e julgamento do ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Admar Gonzaga Neto, réu num caso de agressão contra a ex-mulher Élida Souza Matos. Atualmente. Gonzaga atua como advogado de Jair Bolsonaro na briga interna do PSL, partido do presidente.

A juíza Jorgina de Oliveira Silva Rosa definiu a data para o dia 3 de fevereiro de 2020, às 14h, conforme despacho. Ela negou absolvição sumária:

“Observo, outrossim, que a inicial acusatória expôs o fato criminoso e suas circunstâncias de forma satisfatória, qualificou o réu e indicou as provas testemunhais pretendidas, permitindo, dessa forma, ampla possibilidade ao acusado de exercício do contraditório e da ampla defesa”.

Élida registrou um boletim de ocorrência contra Gonzaga em junho de 2017, mas retirou a queixa em seguida. O Ministério Público, porém, prosseguiu com o caso e a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou o então ministro do TSE pelo crime de lesão corporal.

Na época dos fatos, em documento enviado ao STF, Admar Gonzaga negou as acusações de que teria agredido a mulher e disse que, em vez de ter sido agredida, ela teria “escorregado” no enxaguante bucal durante uma discussão.

No mesmo documento, ele admitiu ter empurrado a esposa, mas não para agredi-la, mas para se defender, e anexou fotos que mostrariam que ele também teria se machucado durante a discussão. A ação foi enviada à primeira instância judicial em abril deste ano, já que ele não tem mais foro privilegiado.

Incidente

Gonzaga alega que Élida teve uma crise de ciúmes durante episódio de embriaguez, após descobrir ser portadora de esclerodermia, uma doença autoimune. Durante a briga do casal, Élida sofreu um ferimento no olho e relatou aos policiais ter sido xingada e que o ministro jogou enxaguante bucal no rosto dela.

De acordo com o ministro, “no calor da crise de ciúmes, cumpre inicialmente assinalar que em momento de seu depoimento [aos delegados], minha esposa afirma que a lesão em seu olho direito (inchaço e roxidão) foi fruto do empurrão que disse ter recebido em seu rosto”.

“Tal lesão, pelo que me recordo, foi causada pelo tombo que se sucedeu ao escorregão que sofreu sobre o Listerine, e que a levou a bater com o rosto na banheira, mas jamais em face do alegado empurrão em seu rosto”, diz Gonzaga em sua manifestação.

Ele afirma ter empurrado a mulher sem a intenção de machucá-la e anexou fotos para mostrar que também ficou ferido com a briga. O ministro também nega ter xingado a esposa. Mesmo com Élida tendo retirado o boletim de ocorrência, a acusação não foi arquivada.

Isso porque a Lei Maria da Penha define que “nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público”.

(Marcello Campos)

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