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Por Redação O Sul | 20 de maio de 2017
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou as declarações feitas em delação pelo empresário Joesley Batista sobre as supostas contas mantidas no exterior em favor dele e da ex-presidente Dilma Rousseff, que chegaram a ter 150 milhões de dólares oriundos de propina. Por meio de seus advogados, Lula disse que as acusações não decorreram de contato direto com ele e carecem de comprovação.
A nota, assinada por Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, diz que, nos trechos vazados à imprensa “verifica-se que as afirmações de Joesley Batista em relação a Lula não decorrem de qualquer contato com o ex-presidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados’’.
A assessoria de imprensa de Dilma Rousseff também refutou as acusações contidas na delação do empresário da JBS. Definiu-as como “improcedentes e inverídicas’’, sustentando que a ex-presidente “jamais tratou ou solicitou de qualquer empresário, nem de terceiros, doações, pagamentos ou financiamentos ilegais para as campanhas eleitorais, tanto em 2010 quanto em 2014, fosse para si ou quaisquer outros candidatos’’.
A presidente também afirma, por seus assessores, que jamais teve contas no exterior e que “nunca autorizou, em seu nome ou de terceiros, a abertura de empresas em paraísos fiscais. Reitera que jamais autorizou quaisquer outras pessoas a fazê-lo’’. Dilma disse rejeitar delações sem provas ou indícios.
O coordenador financeiro da campanha presidencial de Dilma em 2014, Edinho Silva, afirma que esteve por diversas vezes com Joesley Batista solicitando doações, “já que essa era sua função’’. “Mas todas ocorreram de forma lícita, seguindo rigorosamente a legislação eleitoral’’ e foram declaradas. Procurado, o ex-ministro Guido Mantega não respondeu. (AE)