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Mundo A ex-procuradora-geral da Venezuela destituída por Nicolás Maduro foge do país e está na Colômbia

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Luisa Ortega se refugiou com o marido na Colômbia. (Foto: Reprodução)

A ex-procuradora-geral venezuelana Luisa Ortega Díaz, destituída pela Assembleia Nacional Constituinte do seu país, e seu marido, o deputado Germán Ferrer, foram para Bogotá, na Colômbia, conforme confirmação de autoridades de migração.

Luisa Ortega acusou o presidente Nicólas Maduro de envolvimento no esquema de pagamentos de propina realizado pela empreiteira Odebrecht em trocas de contrato no país.

“É o maior caso de corrupção na região e isso os mantêm muito preocupados e angustiados porque eles sabem que temos informação e detalhes de todas as operações e valores”, afirmou a ex-procuradora.

“Eles estão preocupados e angustiados porque sabem que temos informação e detalhes de toda a cooperação, valores e pessoas que ficaram ricas e essa investigação envolve Nicólas Maduro e seu entorno”, denunciou Ortega na Cúpula de Procuradores e Promotores da América Latina.

Proibida de deixar o país, ela participou por videoconferência do encontro que acontece em Puebla, no México. A jurista alertou os colegas latino-americanos para evitar a troca de informações com o atual procurador-geral venezuelano, Tarek Saab, e afirmou que qualquer evidência enviada ao Ministério Público pode ser destruída e as informações usadas para atentar contra a fonte.

Ortega ainda acusou Maduro de destituí-la do cargo para acabar com as investigações sobre os pagamentos de suborno.

A ex-procuradora foi destituída no último dia 5 de agosto pela Assembleia Constituinte, que a acusou de ter cometido “atos imorais”. Ela disse também que diversos procuradores deixaram à Venezuela por temer por suas vidas.

Nos últimos anos, a ex-procuradora chavista declarada fez denúncias contra o governo, acusando Maduro de ter “ambições ditatoriais”, e com processos contra vários funcionários por suposta corrupção e violação de direitos humanos.

Agora, ela é acusada pelas mortes ocorridas nos protestos contra o governo da Venezuela e é acusada de participar de um esquema de corrupção junto com seu marido. Ferrer, por sua vez, se afastou do governo, formando uma pequena bancada no Parlamento, de maioria opositora.

Luisa Ortega também vinha denunciando ameaças pessoais contra ela e alguns de seus familiares, e responsabilizou o governo por qualquer coisa que poderia lhe ocorrer.

Após o Departamento de Justiça dos EUA revelar no final do ano passado que a empreiteira brasileira pagou cerca de US$ 788 milhões em propinas em 12 países da América Latina e África, o Parlamento venezuelano aprovou em fevereiro a abertura de uma investigação sobre o caso.

No comando do Ministério Público, Ortega era responsável pelo inquérito. Segundo declaração do ex-presidente da companhia Marcelo Odebrecht, atualmente preso, a empreiteira pagou subornos na Venezuela que chegaram a US$ 98 milhões, ficando atrás apenas do Brasil.

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