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Brasil Ex-secretário de obras do Rio de Janeiro diz à Polícia Federal que não se lembra como comprou imóveis e carros

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Pinto teria cobrado propina do consórcio responsável pelas obras do corredor de BRT Transcarioca e na drenagem de córregos da bacia de Jacarepaguá. (Foto: Blog do Planalto)

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-secretário de Obras da Prefeitura do Rio Alexandre Pinto – preso no dia 3 na Operação Rio 40 Graus, um desdobramento da Operação Lava-Jato – afirmou que não sabe como comprou uma casa, uma sala comercial e dois carros.

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), Alexandre Pinto teria cobrado propina do consórcio responsável pelas obras do corredor de BRT Transcarioca e na drenagem de córregos da bacia de Jacarepaguá. A propina acertada seria equivalente a 1% do valor dos contratos, segundo a delação de ex-funcionários da empreiteira Carioca Engenharia, que fundamentaram a investigação.

O ex-secretário depôs no mesmo dia de sua prisão, negou ter participado do esquema de fraudes e recusou a oferta de fazer um acordo de colaboração premiada. À Polícia Federal, Alexandre Pinto disse desconhecer os motivos pelos quais os delatores possam ter relatado os encontros e pagamento de propina.

Pinto confirmou ter se encontrado com um dos delatores em uma padaria perto de sua casa, mas negou ter recebido propina. Ele não soube explicar uma série de compras de imóveis e carros, feitas por ele e por sua família, que não foram declaradas à Receita Federal. Inicialmente, disse que tudo foi declarado, mas caiu em contradição ao ser confrontado.

Sobre a compra de um imóvel por 120 mil reais, em fevereiro de 2011, feita por sua mulher e não declarada à Receita, que é sua dependente, o ex-secretário respondeu que pode ter havido erro na declaração de Imposto de Renda. Embora tenha afirmado que usou recursos próprios para a compra do imóvel, ele disse não se lembrar de como pagou pelo mesmo.

Mais adiante, Alexandre Pinto confirmou ser o dono de uma BMW, mas novamente disse que não se lembra quanto pagou pelo carro, apenas que deu uma Pajero como entrada e pagou a diferença – sem especificar se usou cheque, transferência bancária, nem se pagou à vista. A falta de memória do ex-secretário se estende à aquisição de uma sala comercial, comprada em novembro de 2013, e de um carro, comprado no mesmo ano e novamente não declarado à Receita.

A movimentação de altos valores pela mãe de Pinto também foi questionada pelos policiais, e o ex-secretário declarou que não sabe dos depósitos em dinheiro na conta dela, no valor de 130 mil reais, bem como os saques em espécie, superiores a 50 mil reais, que foram realizados em 2014.
Sobre a relação com o ex-prefeito Eduardo Paes, Alexandre Pinto afirmou que possuía relação profissional apenas. Ele afirmou que conheceu Paes quando este foi subprefeito da Barra da Tijuca.

Para Pinto, a partir desse momento Paes conheceu seu trabalho, e por isso o teria escolhido para ser o secretário de Obras do município quando assumiu a prefeitura. (AG)

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