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Brasil Exaltado em 2014, Aécio Neves se despediu do Senado de forma melancólica

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Aécio Neves é réu no processo relativo ao episódio em que foi gravado, em março de 2017, pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, da JBS/Friboi. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Em 5 de novembro de 2014, Aécio Neves (PSDB) conseguiu silenciar o barulhento plenário do Senado para fazer seu primeiro discurso de volta à Casa depois de sair das eleições presidenciais como a estrela da então oposição.

Quatro anos depois, os colegas pararam de novo, na última quarta-feira (12), para ouvir o tucano fazer seu discurso de despedida do Senado. Diferentemente do entusiasmo com o qual foi recebido naquele ano, porém, o clima de constrangimento no plenário, na semana passada, aponta para uma discreta estreia dele na Câmara no ano que vem.

Os muitos cumprimentos recebidos pelo segundo lugar na corrida pelo Planalto logo depois do discurso da derrota com cara de vitória em 2014 foram trocados pelo silêncio. Ninguém comentou sua despedida.

Antes cercado de aliados e esperado por aglomerados de jornalistas para entrevistas, Aécio passou o último ano fugindo dos holofotes. Em público, depois de surgirem as denúncias de recebimento de propina da JBS no ano passado, deixou de ser prestigiado pelos colegas. Ele nega as acusações.

Nos corredores do Senado, andava sempre apressado e com o telefone na orelha. Foi figura pouco presente nos almoços semanais da bancada do partido. No governo Michel Temer, manteve influência em decisões e distribuição de cargos, mas só nos bastidores.

Décimo nono deputado federal mais bem votado em Minas, depois de desistir de disputar a reeleição no Senado, ele chegará à Câmara com uma postura discreta, dizem tucanos. Um antigo aliado diz que “ele tem consciência do desgaste que vive, com potencial de atingir negativamente a bancada”.

Por essa razão, deixou de ir à reunião dos deputados eleitos do PSDB com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, em 5 de dezembro, antes das últimas denúncias. Na semana passada, foi deflagrada operação que o investiga por supostamente ter operado pela compra de apoio político de partidos nas eleições de 2014. Em sua defesa, a assessoria de Aécio argumentou que ele estava em atividades como senador.

Dias antes da reunião, Aécio sinalizara o desejo de ter boas relações com o governo Bolsonaro. Em sessão do Senado que discutia a possibilidade de votar o projeto que abre caminho para o megaleilão do petróleo na camada pré-sal, o tucano disse, no microfone, que havia recebido uma ligação do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni , sobre o assunto.

Na Câmara, mesmo discreto, ele quer espaço. Não deve ocupar cargos de liderança. Mas quer assentos importantes, como um lugar na Comissão de Constituição e Justiça, a mais cobiçada.

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