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Você viu? Expectativa de vida do brasileiro aumenta, mas diferença entre homens e mulheres não cai

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Pesquisa aponta que a expectativa de vida média deve seguir aumentando. (Crédito: Reprodução)

Nas últimas gerações, foi registrado entre os seres humanos o maior aumento da expectativa de vida da história. No Brasil, por exemplo, a população vive, em média, de 75,5 anos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), um salto em relação há 116 anos: a média era de 33,7 anos em 1900.

E, não só vivemos mais, como também nossas vidas são muito mais saudáveis do que antes. As razões são relativamente óbvias: isso se deve em grande parte aos avanços na medicina e na saúde pública. No entanto, apesar do aumento drástico, a diferença entre a longevidade de homens e mulheres quase não diminuiu, destaca um novo estudo publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Atualmente, brasileiras vivem, em média, 79 anos em comparação com 72 dos homens. É a mesma diferença de sete anos registrada em 1991, quando a expectativa de vida da população em geral era 9,5 anos menor, de 66 anos.

Diferenças de gênero

Mas por que essa diferença da expectativa de vida de homens e mulheres não cai com os anos? “A desvantagem masculina tem raízes profundas na evolução”, diz Susan Alberts, professora de Biologia da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Ela esclarece, contudo, que não se sabe exatamente a que isso se deve. “Uma das possibilidades é que os homens assumem mais riscos que as mulheres”, o que poderia explicar mortes mais prematuras.

Outra explicação possível é a genética. As mulheres têm em seu DNA dois cromossomos X, enquanto os homens têm apenas um. Isso quer dizer que, “se há genes neste cromossomo que são cruciais para a sobrevivência, as mulheres têm uma vantagem”.

Uma terceira possibilidade “é que os homens tenham sistemas imunológicos menos eficientes”, acrescenta Susan Alberts.

Por muito mais anos

Os autores do estudo reuniram registros de nascimentos e mortes de mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo desde o século 18 e os compararam com dados semelhantes de seis espécies de primatas.

Os pesquisadores mostraram que a manutenção da diferença na expectativa de vida entre os sexos ocorre “não só entre humanos, mas também entre os demais primatas”, como explica Fernando Colchero, pesquisador do centro Max Planck, na Dinamarca, e coautor do estudo.

A pesquisa ainda aponta que a expectativa de vida média deve seguir aumentando. Por outro lado, “não parece haver um limite de quantos anos podemos viver”, afirma Colchero, contradizendo um polêmico estudo publicado recentemente na revista “Nature”. Esta pesquisa garante haver uma expectativa de vida máxima para seres humanos, de cerca de 115 anos. “Não dizemos categoricamente que não há, mas não achamos evidências desse limite, como argumenta a pesquisa”, acrescenta o cientista.

Por sua vez, a pesquisadora Susan Alberts acredita ser possível que a diferença entre as expectativas de vida de homens e mulheres seja reduzida. “As chances dos homens alcançarem as mulheres são enormes. Só temos que entender as causas dessa diferença”, afirma. “Uma vez que isso seja compreendido, poderemos mitigar algumas das desvantagens.”

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https://www.osul.com.br/expectativa-de-vida-do-brasileiro-aumenta-mas-diferenca-entre-homens-e-mulheres-nao-cai/ Expectativa de vida do brasileiro aumenta, mas diferença entre homens e mulheres não cai 2016-12-15
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