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Por Redação O Sul | 24 de dezembro de 2015
A atividade de exploração de petróleo no País deverá ter em 2015 um dos piores resultados desde a abertura do setor ao investimento privado, em 1998. E não só pela retração nos investimentos da Petrobras: os dados indicam que as companhias privadas pisaram no freio.
Segundo especialistas, o cenário é principalmente fruto do período em que o Brasil ficou sem leilões após a descoberta do pré-sal e terá impacto na curva de produção ainda nesta década.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo), as petroleiras perfuraram no País 81 poços exploratórios – que procuram novas reservas de óleo ou gás. É o pior resultado desde 2000, só dois anos após o fim do monopólio estatal, e significa uma queda de 62,5% com relação ao recorde obtido em 2011 (215 poços).
Em relação aos poços pioneiros – o primeiro poço de uma concessão – a queda é ainda maior: 83,7% ante o recorde de 2008, de 117 poços. Em 2015, foram furados 19 poços pioneiros, o pior número desde que a ANP começou a existir, em 1999. “As perspectivas para 2016 e 2017 são piores”, disse o geólogo Pedro Zalán.
A retração exploratória fez a ANP rever as projeções de produção de barris de petróleo no País para 3,6 milhões de barris por dia em 2020, 1,4 milhão de barris a menos que o previsto. (Folhapress)