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Artes Visuais Exposição “Diálogo no Tempo” apresenta charges políticas, primeiro outdoor, desenhos e gravuras de Iberê Camargo

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Fundação Iberê irá apresentar a série de desenhos Desastre, em que o artista retratou carcaças de carros amontoados em um ferro-velho. (foto: Fábio Del Re/divulgação)

Abre no próximo sábado (9), na Fundação Iberê Camargo, a exposição “Iberê Camargo: Diálogo no Tempo”. A mostra reúne, pela primeira, a série completa da suíte serigráfica Manequins, inclusive com algumas provas antes da impressão, em que fica evidente a insaciável busca do artista pela melhor forma de solucionar um trabalho. Também irá estrear a série de desenhos Desastre, em que Iberê retratou carcaças de carros amontoados em um ferro-velho. “Soturnas reflexões sobre a velhice e a obsolescência patrocinada pelo consumismo”, diz a curadora e jornalista Angélica de Moraes.

Missa do Pedido, de 1992. (foto: Fábio Del Re/divulgação)

Missa do Pedido, de 1992. (foto: Fábio Del Re/divulgação)

A mostra ficará aberta à visitação até 26 de março de 2017. Em uma das salas do percurso principal foi situada a documentação fotográfica (making-off) e os estudos para a primeira incursão de Iberê no grande formato dos outdoors, em que resolveu produzir uma releitura apocalíptica da criação do homem feita por Michelangelo para a Capela Sistina, exibida em 1984 nas ruas de Porto Alegre.

Junto a esse trabalho e seus esboços, será exposta uma seleção de 17 charges que o pintor realizou com o pseudônimo de Maqui (chamavam-se maquis os soldados da resistência francesa à invasão alemã da França, na Segunda Guerra Mundial). “Nessas charges, algumas publicadas na imprensa, na época, Iberê exercita a ironia mordaz, impiedosa, que dedicava aos políticos nacionais. Nada mais atual”, destaca a curadora.

Mostra apresenta a incursão de Iberê no grande formato dos outdoors, em que resolveu produzir uma releitura apocalíptica da criação do homem feita por Michelângelo para a Capela Sistina, exibida em 1984 nas ruas de Porto Alegre. (foto: Acervo FIC/divulgação)

Mostra apresenta a incursão de Iberê no grande formato dos outdoors, em que resolveu produzir uma releitura apocalíptica da criação do homem feita por Michelangelo para a Capela Sistina, exibida em 1984 nas ruas de Porto Alegre. (foto: Acervo FIC/divulgação)

“A predominância de gravuras e desenhos pretende frisar uma das características fundamentais da obra de Iberê: o pensamento gráfico, o pensamento criativo que deriva do desenho. Nele se observam os exercícios de acurada observação da figura e as infinitas conotações que o artista construía para nos aproximar dessas humanidades”.

Entre as pinturas, a tela Fantasmagorias IV, de 1987, assume o protagonismo da mostra. “As obras escolhidas derivam ou prenunciam esse trabalho. As três figuras esqueléticas da composição parecem furar com seus ossos a carnadura da tinta. Os azuis e os pretos que visitam boa parte da obra do artista nesse período dividem presença com os traços brancos que conferem dramaticidade escultórica ao conjunto. ‘Minha terra reclama meus ossos’, disse certa vez Iberê”, conta a curadora.

Segundo Angélica, a exposição “é uma investigação sobre o DNA da obra de Iberê Camargo focada no período de retorno ao Rio Grande do Sul, nos anos 1980, quando ele empreendeu uma inflexão em sua obra, com um decisivo retorno à figura humana”.

SERVIÇO

Exposição Iberê Camargo: Diálogo no Tempo
de 9 de abril de 2016 a 26 de março de 2017
Onde: Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000)
Horário:  de terça a domingo (inclusive feriados), das 12h às 19h (último acesso às 18h30)
Entrada franca

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