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Artes Visuais Exposição em Paris permite entrar nas obras de Van Gogh

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Exposição traçará a vida intensa do artista holandês, que morreu em 1890. (Foto: Reprodução)

Já imaginou entrar dentro de um quadro de Vang Gogh? O Atelier des Lumières, primeiro centro de artes da França, abrirá no dia 22 de fevereiro, em Paris, uma exposição dedicada ao pintor holandês. Mas no espaço de 3.300 m² não estarão suas pinturas físicas, e, sim, projeções impactantes em murais de 10 metros de altura, que tomam conta tanto do chão quanto das paredes da galeria.

As obras são projetadas em 360º, incluindo o solo, graças a uma tecnologia chamada AMIEX , que consegue colocar imagens digitais de alta resolução em movimento.

Projeto da empresa cultural Culturespaces, o Atelier des Lumières já havia usado o mesmo conceito em uma mostra de grande sucesso dedicada ao artista simbolista austríaco Gustav Klimt. Agora, a nova exposição propõe uma imersão nas telas do pintor holandês que revolucionou a história da arte.

Concebida por Gianfranco Iannuzzi, Renato Gatto e Massimiliano Siccardi, a criação visual e sonora retrata toda a vida de Van Gogh, incluindo suas estadias em cidades como Saint-Rémy de Provence e Paris. O visitante poderá, literalmente, percorrer toda a sua produção. O caminho começa pelo autorretrato gigante do pintor e continua em obras como “Noite estrelada”, “Quarto em Arles” e “Girassóis”. Os quadros parecem vivos, e a impressão é que se está caminhando em seu interior.

O visitante pode viajar por paisagens ensolaradas, noturnos, retratos e natureza morta, passando por todas as fases do pintor. A ideia é ressaltar a força do desenho e suas riquezas cromáticas. Comentários sobre as obras acompanham as imagens digitais.

Filme 

O filme “No Portal da Eternidade” traz dois fatos controversos da biografia de Vincent Van Gogh (1853-1890). Põe em dúvida a versão de suicídio do pintor holandês, que teria disparado um tiro contra o próprio abdômen vindo a falecer dois dias depois. Em seguida, dá como autêntico um caderno de esboços do pintor, descoberto muitos anos depois de sua morte – especialistas do Museu Van Gogh, de Amsterdã, afirmam que o caderno é falso.

São dois aspectos importantes da biografia deste que é considerado um dos artistas mais importantes e influentes de todos os tempos, mas cuja genialidade só foi reconhecida após sua morte, em Auvers-sur Oise, no Sul da França, aos 37 anos.

 

No entanto, apesar de tocar nesses pontos polêmicos, o longa de Julian Schnabel busca a essência do grande e atormentado artista que foi Van Gogh. Artista plástico ele próprio, Schnabel opta por um trabalho sensorial. Visa a captar a percepção do artista holandês diante da beleza natural da campanha francesa e seu processo mental capaz de transfigurar essa beleza em outra coisa.

Esta beleza, digamos assim, de segundo grau, transformada pelo espírito do artista, não pôde ser compreendida no momento em que nascia. Pelo contrário, seus quadros eram considerados “feios” e desagradáveis ao olhar. Foi praticamente expelido do circuito artístico de Paris e resolveu, a conselho do amigo Paul Gauguin (Oscar Isaac), abrigar-se no interior da França, onde a luz era melhor e as pessoas menos hostis.

Mesmo assim, Van Gogh, interpretado por Willem Dafoe, levou seu tormento consigo. Vítima de depressão, ouvia vozes e, supõe-se, sofria de alucinações visuais. A câmera tenta captar esse universo conturbado pelas exigências da arte e, ao mesmo tempo, convulsionado pela loucura. A tela do cinema explode em amarelo e azul – as cores favoritas do pintor. Em sua relação com as pessoas, vemos em câmera subjetiva (pelo olhar do personagem) as imagens deformadas por uma lente grande angular. Recurso para propor um desvio de percepção do artista, fruto de seus distúrbios mentais.

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https://www.osul.com.br/exposicao-em-paris-permite-entrar-nas-obras-de-van-gogh/ Exposição em Paris permite entrar nas obras de Van Gogh 2019-02-17
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