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Artes Visuais Exposição em Porto Alegre lembra Anne Frank e o Holocausto

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Mostra “Anne Frank: Uma História Para Hoje” e “Brasil e Holanda – Paz e Justiça: Construindo um Futuro Melhor” (foto: Jackson Ciceri/ o Sul)

No ano em que o mundo lembra os 70 anos fim da Segunda Guerra Mundial,  Porto Alegre recebe a exposição “Anne Frank: Uma História Para Hoje”, em cartaz até 15 de junho no 1º piso do Shopping Praia de Belas.

Por meio de painéis com mapas, fotos e documentos, a mostra faz um paralelo entre a vida de Anne Frank (adolescente alemã de origem judaica que morreu aos 15 anos num campo de concentração), a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto.

Neste triste passeio cronológico, o público acompanha o desenrolar da vida de Anne, os dois anos em que ela e a família ficaram escondidos em Amsterdã, o surgimento do Nazismo, a ascensão de Hitler, a crise econômica da Europa, fatos históricos que culminaram na morte de 6 milhões de judeus durante o conflito.

“Nossa exposição está focada em três temas importantes, que é relembrar, refletir e reagir”, explica Marilucia Caramalac, coordenadora e organizadora da mostra itinerante, que já foi vista por mais de 14 milhões de pessoas, em 90 países ao redor do mundo.

Sobrevivente do Holocausto

Na abertura, a exposição recebeu a visita simbólica de Hertha Spier. Aos 97 anos, ela é uma sobreviventes de Auschwitz. Acompanhada do filho, percorreu a mostra em silêncio e com olhar atento. No braço esquerdo, carrega tatuado o número de prisioneira A21646.

Moradora de Porto Alegre, Hertha perdeu todos os familiares, eliminados um a um pelo regime nazista. A última a partir foi sua irmã, que morreu em um campo de concentração vítima do tifo. Foram cinco anos de sofrimento  passando por três campos de concentração. No fim da Guerra, era prisioneira de Bergen-Belsen. Com 26 anos e debilitada, pesava 28 kg. Veio para o Brasil por intermédio de uma amiga da irmã, que conseguiu localizá-la e mandou-lhe uma passagem.  No País, conheceu o homem com quem se casou e teve dois filhos, formando uma nova família.

Brasil e Holanda

O sofrimento vivido por Hertha, Anne Frank e milhares de outras vítimas também é lembrado na mostra  “Brasil e Holanda – Paz e Justiça: Construindo um Futuro Melhor”, que integra a exposição sobre a menina judia. A ideia é fazer refletir sobre vários temas atuais de direitos humanos, como exclusão social e de discriminação de nacionalidade, crença religiosa, raça e orientação sexual.

Holocausto

Estima-se que 1,1 milhão de pessoas foram mortas em Auschwitz, a maioria judeus. Prisioneiros de guerra poloneses, romanos e soviéticos, além de outras nacionalidades, também foram vítimas. Eles foram mortos com gás, fuzilados, enforcados e incinerados no campo, antes de o Exército Vermelho derrubar seus portões no inverno de 1945. O local provavelmente é o símbolo mais pungente do Holocausto.

Três partes

Dividida em três fases, as exposições abordam na primeira parte a história de João Maurício de Nassau e sua influência no Brasil do século 17, focando os laços históricos entre Brasil e Holanda.

Na segunda parte está a história de Anne Frank e do Holocausto na Europa. Nos painéis estão explícitos exemplos de injustiça humana, racismo, preconceito, discriminação, ausência de direitos humanos e as consequências desses atos.

Na última fase o público vai encontrar painéis relacionados à Cidade de Haia, conhecida como Cidade Internacional da Paz e da Justiça. É possível entender a importância que Haia representa na luta contra a impunidade. Na cidade  é  que foram estabelecidos os primeiros tratados formais internacionais sobre leis e crimes de guerra e onde estão instituições internacionais de Justiça.

A exposição é uma iniciativa da Embaixada dos Países Baixos, em Brasília, com realização da Casa Anne Frank, WZM Plataforma Brasil Holanda, Instituto Plataforma Brasil e Praia de Belas.

 

Quem foi Anne Frank

Anne Frank morreu aos 15 anos num campo de concentração. (foto: Anne Frank Center/AP)

Anne Frank morreu aos 15 anos num campo de concentração. (foto: Anne Frank Center/AP)

Annelies Marie Frank, mais conhecida como Anne Frank, foi uma adolescente alemã de origem judaica. Vítima do Holocausto, morreu aos 15 anos num campo de concentração. Ela tornou-se mundialmente famosa com a publicação póstuma de seu Diário, no qual escrevia as experiências do período em que ela e a sua família se esconderam da perseguição nazista na capital holandesa. O conjunto de relatos, que recebeu o nome de “Diário de Anne Frank”, foi publicado pela primeira vez em 1947 e é considerado um dos livros mais importantes do século 20. (Claudia Kovaski/ o Sul)

 

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https://www.osul.com.br/exposicao-em-porto-alegre-lembra-anne-frank-e-o-holocausto/ Exposição em Porto Alegre lembra Anne Frank e o Holocausto 2015-05-18
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