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Política Extratos usados pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot contra Michel Temer são falsos, disse advogado

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Janot disse que entrou armado com uma pistola no Supremo com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes. (Foto: Reprodução d )

O advogado Rodrigo Tacla Durán afirmou que são falsos alguns dos documentos utilizados pela PGR
(Procuradoria-Geral da República) na denúncia contra o presidente Michel Temer. Durán disse à CPI da JBS, por meio de videoconferência, que tem em mãos uma perícia que mostra que os sistemas internos da Odebrecht foram adulterados antes de serem entregues para o Ministério Público.

Réu na Lava Jato, o advogado trabalhou para a empresa de Marcelo Odebrecht e também para a UTC. Foi citado por executivos em delações premiadas. Ele tem dupla cidadania e está na Espanha. Apontado como doleiro, ele afirma ter atuado somente como advogado e nega que tenha cometido crimes.

“A perícia comprova que os extratos do Meinl Bank são falsos. Comprovam também que o sistema Drousys da Odebrecht foi manipulado e adulterado, antes, durante e depois de ter sido bloqueado pelas autoridades da Suíça. Isso quer dizer que essas informações não se prestam como provas pra incriminar quem quer que seja, muito menos deputados, senadores e o presidente. A prova é nula”, disse nessa quinta-feira.

O advogado é apontado pela Odebrecht como responsável especialmente por movimentar parte do dinheiro sujo da companhia no exterior.

Documentos fraudados

Durán já havia dito que a empreiteira tinha apresentado documentos fraudados para ocultar pagamentos ilegais feitos pela empresa nos últimos anos –fatos não relatados em delação.

Ele trabalhou para a Odebrecht de 2011 até 2016, quando deixou o Brasil. O banco a que Durán se refere, o Meinl Bank –localizado em Antígua–, teve o controle comprado pela construtora para distribuição de propinas, conforme revelado posteriormente por executivos a procuradores.

Na denúncia contra o presidente Michel Temer, do crime de organização criminosa, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot se baseou em pelo menos 15 fatos ainda em investigação. Sobre a arrecadação de propina do grupo de Temer com a utilização da Petrobras, Janot cita um episódio ocorrido em 2010 e narrado por executivos do grupo Odebrecht. Segundo a delação, o valor pago ao PMDB foi de R$ 40 milhões em troca da aprovação de um projeto de segurança ambiental da empresa.

Os extratos desses pagamentos, que ocorreram em sua maioria fora do país, foram apresentados, mas ainda estão em apuração. Antes mesmo de a Odebrecht citá-lo em delação, a Lava Jato já havia
apontado Durán como um doleiro. Em nota, a Odebrecht afirmou que “as atividades do sr. Tacla Durán foram informadas pela Odebrecht às autoridades no processo de colaboração com a Justiça”. Ela também informa que a empreiteira “vem prestando todos os esclarecimentos necessários, e continua à disposição das autoridades”.

Delação

Apesar de negar que tenha cometido crimes, Durán disse que chegou a discutir com o Ministério Público Federal sua participação no acordo de delação da Odebrecht, mas as tratativas fracassaram. O advogado disse ter recusado as condições impostas, mas procuradores da Lava Jato o chamam de mentiroso. Durán acusa o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento do juiz Sergio Moro, de intermediar negociações paralelas dele com a força-tarefa da Lava Jato.

As conversas de Zucolotto envolveriam abrandamento de pena e diminuição da multa que o ex-advogado da Odebrecht deveria pagar em um acordo de delação premiada. O pagamento, segundo Durán, seria por meio de caixa dois.

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