Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2017
Criticadas por terem feito pouco para reduzir o volume de notícias falsas durante a campanha presidencial americana no ano passado, as empresas de tecnologia estão adotando uma postura diferente na Europa. Com vários países europeus se aproximando de importantes campanhas eleitorais nos próximos meses, o Facebook Inc. e o Google, da Alphabet Inc., estão implementando iniciativas e ferramentas com a meta de reduzir a proliferação da desinformação on-line ao apontar artigos falsos e inventados para os leitores.
A organização sem fins lucrativos First Draft News, financiada pelo Google, informou que alistou cerca de 15 empresas noticiosas francesas, incluindo o “Le Monde” e a “Agence France-Presse”, em um novo programa para encontrar e verificar o conteúdo que circula on-line no período que antecede as eleições presidenciais francesas, em abril. Um porta-voz do Google informou que um programa similar está sob discussão na Alemanha, que realiza eleições parlamentares federais em setembro.
Ao mesmo tempo, o Facebook informou que irá lançar na França uma mudança no seu serviço que vai classificar notícias consideradas falsas por organizações jornalísticas externas. Os artigos suspeitos receberão a etiqueta “contestado”, e serão mostrados com menos frequência no feed de notícias do usuário. A mudança já está em vigor na Alemanha desde janeiro.
O Google informou que já implementou sua própria ferramenta para checagem fatos nos Estados Unidos, no Reino Unido, França e Alemanha.
As preocupações em relação às notícias falsas agora estão elevadas na Europa, onde os candidatos que não fazem parte da política tradicional, como a líder da Frente Nacional da França, Marine Le Pen, estão avançando nas pesquisas eleitorais. Os políticos na Alemanha, preocupados com a possibilidade de “manipulação política”, propuseram em janeiro a criação de leis que forçariam as empresas on-line a remover notícias falsas em até 24 horas depois de serem descobertas. (AG)