Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de julho de 2015
Acusado de estelionato e procurado em quatro Estados do Brasil, João Marcelo Pereira Debortoli foi preso nesta semana, em Santa Catarina, pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. O criminoso se passava por juiz federal e faturava milhares de reais por mês com os golpes que aplicava. As vítimas eram pessoas que vendiam imóveis ou carros de luxo, e eram atraídas para negócios supostamente vantajosos nos quais acabavam entregando dinheiro ao golpista.
De acordo com o delegado Paulo Rufino, que já havia prendido Debortoli em 2013, o estelionatário olhava imóveis nos classificados e oferecia vantagens aos donos dizendo que o Poder Judiciário oferecia bens que seriam leiloados abaixo do valor pedido. Para efetuar a transação, ele fazia com que as pessoas fossem até a sede de um tribunal, nas capitais em que operava, para depositarem o dinheiro de suas “transações” e depois sumia do local. Uma médica que caiu no esquema chegou a entregar para Debortoli 4 mil reais, dinheiro que seria o sinal de uma aquisição.
Vida de luxo
Segundo o delegado Juliano Ferreira, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) do RS, o dinheiro acumulado pelo estelionatário proporcionava o pagamento do aluguel de uma cobertura na Vila Mariana, nas proximidades do Parque Ibirapuera em São Paulo, no valor de 12 mil reais. Além disso, ele ainda pagava uma pensão de 2 mil euros, cerca de 7 mil reais, para a filha que mora na Europa.
Para efetuar a prisão – a sétima de Debortoli por estelionato – a polícia utilizou escutas telefônicas, que revelaram como ele atraía as vítimas e as convencia a fazer um falso negócio. O golpista fazia cerca de 700 ligações por dia.