Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 10 de agosto de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A partir da próxima quinta-feira, vamos acompanhar 52 dias de propaganda eleitoral nas ruas e 35 em rádio e TV. Com o encurtamento do prazo, a tendência é que os debates se transformem num mata-mata.
Questões vitais, como a Previdência Social, deverão ser tratadas com a apresentação de alternativas. Para ilustrar, a diferença entre a arrecadação e o pagamento de pensões e aposentadorias, em 1998, foi de 3 bilhões de reais. Em 2017, chegou a 268 bilhões de reais.
Fica evidente que o sistema vai estourar. Porém, o medo da repercussão de medidas duras virou o grande obstáculo.
Ponto de partida
Entidades que representam a sociedade deveriam redigir documento e pedir a assinatura de candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais. Listariam compromissos: contas transparentes, prioridades claramente definidas, busca da eficiência e controle de gastos públicos.
Primeiros planos
A Associação Riograndense de Imprensa está promovendo série de entrevistas com os candidatos ao governo do Estado.Ontem, o convidado foi Miguel Rossetto. Algumas das afirmações: 1ª) sua prioridade será pagar em dia os funcionários públicos; 2ª) vai revogar os atos que extinguiram as fundações; 3ª) facções em presídios não darão ordens para a execução de crimes que assustam a população; 4ª) utilizará tecnologia moderna para evitar a inadimplência e a sonegação de impostos.
Questão de medida
O jornalista, sociólogo e professor norte-americano Daniel Bell, certa vez, definiu: “Os governos se tornaram grandes demais para os pequenos problemas e pequenos demais para os grandes problemas.”
Deve servir como ponto de partida para os debates entre os candidatos.
O que fazer
A reunião de integrantes da mesa diretoria e líderes de bancadas na Assembleia Legislativa decidirá, terça-feira, entre as hipóteses: 1ª) manter sessões plenárias com votações até 11 de setembro; 2ª) realizar sessões apenas uma vez por semana com decisões sobre projetos até outubro; 3ª) não alterar a rotina. O plenário funcionaria três vezes por semana, como sempre ocorre.
É outro
Os marqueteiros de Henrique Meirelles andam orientando mal. Ontem, declarou: “A imagem de que sou um banqueiro não existe e virou coisa forçada.” Então, alguém com seu nome se fez passar por funcionário BankBoston, até chegar à presidência mundial da instituição.
Adversárias se unem
As senadoras Gleise Hoffmann e Ana Amélia Lemos, sempre em trincheiras opostas, adotaram ontem o mesmo discurso: são contra a proposta de reajuste de 16,38 por cento dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal para 2019. Sobretudo porque terá efeito cascata em todo o país.
Condição mínima
A consolidação da Democracia não pode passar por sucessivos artifícios, armadilhas e logros orquestrados por meliantes para a conquista de votos e poder.
Embuste
Até a próxima quarta-feira, último dia para o registro de chapas, muito água ainda vai correr. Surgirão várias AEs, sigla de Alianças Envergonhadas. Por mais alguns segundos de propaganda em rádios e TVs, os alquimistas conseguirão misturar água e azeite.
Há 110 anos
A 10 de agosto de 1908, foi lançada a pedra fundamental do prédio da Faculdade de Direito de Porto Alegre (hoje UFRGS) na Avenida João Pessoa. O terreno foi cedido pela Prefeitura no então Campo da Redenção, que se tornou Parque Farroupilha a partir de 1935. Forte chuva suspendeu as solenidades e os longos discursos.
Ação entre amigos
A tática dos candidatos espertos será segurar o verbo no 1º turno para fazer aliados e garantir apoio no turno seguinte.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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