Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2018
No dia 29 de março, entrará em vigor o Brexit – espécie de “divórcio” do Reino Unido com UE (União Europeia). Enquanto esses sete meses não chegam ao fim, as negociações continuam em ritmo acelerado, pois antes do prazo é necessário um acordo entre as autoridades de Londres e as do bloco continental sobre os termos da separação.
Trata-se de um trabalho árduo e até o momento não há garantia de que se chegará a um consenso até lá. O Reino Unido se esforça para tranquilizar os britânicos, favoráveis ou não à participação na UE. Um relatório enorme foi apresentado na semana passada, a fim de detalhar o que aconteceria em caso de efetivação do Brexit sem acordo.
O relatório desmente que alguém possa sofrer, depois de 29 de março, uma “fome de sanduíches”, como os jornais populares insinuam. E não é verdade que o Exército estará de prontidão para proteger estoques de alimentos.
Outro detalhe que intriga os mais curiosos: uma vez livre da Europa, o Reino Unido não sofrerá falta de esperma? A pergunta se justifica porque os britânicos importam 3 mil doses de sêmen a cada ano, em doações que chegam aos britânicos sob a proteção de uma diretriz europeia. Mas, após o dia 29 de março, haverá escassez do material?
Quase todo esse esperma importado vem da Dinamarca, país onde os homens voluntários não são britânicos e nem os seus espermatozoides. Não se trata de um desvio estranho da política “anti-imigrantes” que está na moda em toda a Europa, especialmente na Itália? Não seria o caso de temer que os espíritos perversos dos terroristas aperfeiçoem, graças a essa horda de esperma estrangeiro, uma nova maneira de “invadir” um país?
Em qualquer caso, os homens britânicos foram prevenidos: se um acordo não for assinado entre Londres e Bruxelas (capital da Bélgica e sede da UE), será necessário que eles “redobrem os esforços”, caso sejam obrigados a substituir o sêmen dos descendentes dos vikings.
Enquanto isso, o Reino Unido apressa o passo para manter a data de 29 de março. Ao menos 7 mil funcionários estão trabalhando no Brexit e já existem planos em andamento para recrutar outros 9 mil, se necessário.
Setor financeiro
Outros alertas apontam para o setor financeiro. Atualmente, um “passaporte” permite que os fundos de investimento e os bancos europeus trabalhem no Reino Unido sem se registrarem junto às autoridades britânicas.
Londres está fazendo uma promessa: essa tolerância será estendida por três anos. Mas, não é certo que as autoridades europeias mostrem a mesma flexibilidade, caso financistas britânicos sejam obrigados, depois de 29 de março, a abrir filiais dentro da União Europeia, a fim de contornar tal dificuldade.
Outra ameaça em caso de falta de acordo: Londres perderia seu acesso ao sistema de pagamento europeu. Consequência: o custo das transações bancárias entre Europa e Reino Unido por cartão de crédito aumentaria. Solução: alinhar-se novamente ao sistema europeu.