Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de junho de 2019
A família da universitária Susy Nogueira, de 21 anos, que foi estuprada em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e morreu dias depois no mesmo hospital de Goiânia, contratou um médico legista particular para analisar as imagens das câmeras de segurança que gravaram os dez dias que a jovem ficou internada no local. As informações são do portal G1.
A informação foi pelo advogado da família, Darlan Alves Ferreira. Segundo a Polícia Civil, foram trechos deste vídeo que revelaram o abuso sofrido pela vítima.
O advogado da família disse que a proposta é fazer uma análise de como ocorreram os atendimentos enquanto a jovem esteve na UTI, apurar se houve alguma irregularidade e tentar esclarecer se causa da morte da universitária é a mesma apontada pelo hospital.
Indiciado pelo estupro de Susy, o técnico de enfermagem Ildson Custódio Bastos se entregou à Polícia Civil e está preso. Ele nega o crime.
Em nota, a empresa que administra a UTI do Hospital Goiânia Leste, a OGTI, informou que “se solidariza com a família e esclarece que a empresa e seus colaboradores têm prontamente atendido às solicitações das autoridades para que todos os esclarecimentos necessários sejam feitos”.
Além disso, afirmou que “a UTI segue trabalhando com zelo, profissionalismo e afinco no cuidado aos seus pacientes e aguarda os desdobramentos relacionados à investigação”.
“O vídeo é do dia 16 de maio até o dia 26, enquanto ela ficou internada. Entregamos hoje [terça] as imagens ao médico legista que contratamos. As imagens estão mais claras e a proposta é que ele também coloque alguns quesitos que possam auxiliar na investigação”, comentou Darlan, acrescentando que o médico já atuou no IML (Instituto Médico Legal) de Goiânia.
Segundo o advogado, as imagens disponibilizadas pela UTI também foram enviadas pelos delegados para a perícia na Polícia Técnico-Científica. Foram justamente trechos deste vídeo que revelaram o estupro sofrido por Susy na UTI.
Darlan informou ainda que esteve, na terça-feira (18), no 9º DP (Distrito Policial), onde a força-tarefa composta pelos delegados Washington da Conceição, André Botesini e Emilia Podestá tem se reunido para colher depoimentos. Segundo ele, não dá para precisar ainda quantas pessoas serão ouvidas.
“Quando estive lá, na manhã desta terça-feira, estavam sendo ouvidos alguns médicos. Vão ser ouvidos todos os profissionais que atuaram durante os dez dias que a Susy ficou internada. Os delegados querem concluir o inquérito o quanto antes. Apesar do prazo ser de 30 dias, eles podem terminar antes ou pedir para estender o prazo. Todos estão muito empenhados”, afirmou o advogado.
O delegado Washington da Conceição confirmou que não há como enumerar exatamente quantos serão os depoimentos.
“Não temos números. Estamos ouvindo conforme a disponibilidade dos funcionários da UTI. Ouvimos alguns médicos, mas tem outros”, afirmou o delegado.