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Brasil Familiares esperam que a mãe suspeita de matar o próprio filho vá a júri popular em SP

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Itaberli foi morto ao chegar em sua casa em Cravinhos no fim de dezembro. (Foto: Reprodução)

Parentes do adolescente Itaberli Lozano têm esperança de que a mãe dele, Tatiana Lozano Pereira, seja levada a júri popular. Ela é suspeita de ter planejado e executado o homicídio do próprio filho.

O crime ocorreu em dezembro de 2016 e além de Tatiana, o padrasto de Itaberli e outros dois jovens seguem presos pela morte do rapaz. Uma menor também foi detida.

O tio de Itaberli, Dario Rosa, afirma que já esperava que Tatiana fosse permanecer presa. A Justiça decretou a prisão preventiva dela e de Alex Pereira, padrasto da vítima, no dia 9 de fevereiro. Além do casal, os dois jovens envolvidos no crime também permanecerão presos. A decisão da Justiça foi oficializada um dia antes do prazo da prisão temporária dos quatro ter terminado.

“Fiquei sabendo pelo jornal, mas vi que eles iam permanecer presos. É a notícia que a gente esperava porque não tinha nem cabimento deixar preso por só um mês e soltar eles sendo que eles confessaram, ainda mais algo que repercutiu bastante. É permanecer preso até ser condenado”, afirma.

Ele diz que os familiares de Itaberli esperam que tanto Tatiana, quanto Alex, e os dois jovens que ajudaram na emboscada armada contra o adolescente, sejam levados a júri popular. Além disso, Dario explica que existe a possibilidade de uma eventual reconstituição do crime.

“A gente tem esperança sim de ir a júri popular e se pode ser feita também uma reconstituição do crime. Quando aconteceu, a gente não esperava que ia chegar a esse ponto dela ligar para ele quase meia-noite chamando para voltar. E ainda foram buscar ele sendo que ele já estava dormindo. Foi uma emboscada que armaram”.

Inicialmente, Tatiana alegou durante depoimento que matou o próprio filho durante uma discussão. A suspeita, entretanto, mudou a versão posteriormente e passou a dizer que os dois jovens contratados por ela para dar um “susto” em Itaberli teriam sido os responsáveis por ter dado a facada que matou o adolescente.

Dario afirma ainda que Tatiana não aceitava o fato do filho ser homossexual, mas não achou que ela poderia chegar a matar Itaberli devido à sua opção sexual. Às autoridades, ela disse que seu filho ameaçou familiares e teria começado a usar drogas.

“Agora o delegado já encerrou as investigações e o promotor também já está dando andamento. É aguardar para ver o que vai acontecer”, conclui.

Inquérito policial

Os pedidos de prisão preventiva foram encaminhados à Justiça na semana passada, quando a Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou a mãe e o padrasto do adolescente, além de Victor Roberto da Silva e Miller da Silva Barissa, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Com a decisão da Justiça, Tatiana, presa temporariamente desde 11 de janeiro, permanecerá na Penitenciária de Tremembé (SP) durante o andamento do processo penal.

Pereira, detido também desde o dia 11, Silva e Barissa – presos desde 13 de janeiro – serão transferidos da cadeia de Santa Rosa de Viterbo (SP) para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Serra Azul (SP).

“Eu não tenho nenhuma dúvida de que a vítima tinha um relacionamento muito conturbado com os familiares, sobretudo com a mãe, e que isso motivou o homicídio. A participação dos quatro maiores e da adolescente está comprovada. Todos estavam no local, todos participaram e devem responder por homicídio qualificado”, afirma o delegado.

Suspeita de apresentar Tatiana aos dois rapazes, uma estudante de 16 anos continua internada na Fundação Casa. De acordo com Renz, foi aberta uma sindicância para comprovar a participação direta dela no crime. Em caso positivo, ela poderá responder por ato infracional equiparado a homicídio qualificado, permanecendo na Fundação até completar 21 anos.

“Dá nossa parte, o inquérito está concluído. A gente só aguarda agora os laudos da necropsia e do DNA, que a gente vai remeter junto ao processo, e a constituição do crime, que deverá ser feita no início de março”, afirma.

O crime

O corpo de Itaberli Lozano, de 17 anos, foi encontrado carbonizado em um canavial em Cravinhos em 7 de janeiro. A família registrou um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento do adolescente dois dias depois.

No dia 11 de janeiro, a mãe e o padrasto foram presos e confessaram o crime. Inicialmente, Tatiana disse que discutiu com o filho dentro de casa, o esfaqueou na madrugada de 29 de dezembro e, com a ajuda do marido, queimou o corpo no canavial.

Em um segundo depoimento, a mãe voltou atrás e contou que havia aliciado dois jovens para darem um “corretivo” no filho, mas sem a intenção de matá-lo. Tatiana disse que ligou para Itaberli, que estava na casa da avó paterna, alegando que queria se reconciliar.

Dois dias depois, a Polícia Civil prendeu dois jovens suspeitos de ajudar Tatiana a matar Itaberli. A gerente de compras entrou em contato com os rapazes através de uma estudante, de 16 anos, que afirmou em depoimento ao Ministério Público que a mãe do menino não suportava mais o convívio e queria dar um “corretivo” nele. A menor diz que viu a mãe esfaquear Itaberli.

Com a ajuda do padrasto, Tatiana, os jovens e a adolescente armaram uma emboscada para a vítima. Após uma briga com a mãe, o jovem se mudou para a casa da avó paterna. Com a desculpa de que queria fazer as pazes, Tatiana o chamou para voltar para casa, onde o trio estava escondido.

Os depoimentos divergem, sendo que ninguém afirma ter dado o golpe fatal no rapaz. Poucos dias depois da identificação do corpo, um tio de Itaberli chegou a levantar a hipótese de que o homicídio teria sido motivado por homofobia.

O Ministério Público investiga a possibilidade após ter recebido cópias de uma postagem da vítima nas redes sociais dizendo que apanhou a mando da mãe por ser homossexual. (AG)

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