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Por Redação O Sul | 25 de junho de 2015
A Assessoria Econômica do Sistema Farsul divulgou os índices de Inflação dos Custos de Produção (IICP) e Preços Recebidos pelo Produtor (IIPR) de maio de 2015. Em relação ao mês de abril, os custos de produção apresentaram uma redução de 1,02% e os preços pagos ao produtor tiveram uma deflação de 2,17%.
Mesmo com a queda em maio, o IICP de 2015 ainda apresenta uma inflação de 3,93% e no acumulado dos últimos 12 meses chega a 11,33%. O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, destaca que os insumos costumam ter preços mais baixos no mês de maio. “É como se fosse uma entressafra nos mercados nacional e internacional de insumos, pouca gente compra nesse período”, explica. Ele ressalta que na comparação com o acumulado dos últimos 12 meses a queda foi muito pequena, não alterando a projeção para o restante do ano que é a da manutenção dos dois dígitos, bem acima do IPCA.
Já o IIPR apresenta a segunda queda mensal consecutiva. Em 2015, a deflação do preço recebido pelo produtor é de 2,59%, nos últimos doze meses o índice é de – 6,43%. Enquanto o produtor perde rentabilidade, o preço ao consumidor segue em elevação. O IPCA Alimentos – índice de inflação medido pelo IBGE para o grupo alimentos ao consumidor – acumula, entre janeiro e maio deste ano, uma alta de 7,18%.
Para Da Luz, isso reforça uma afirmação da Farsul de que a dinâmica inflacionária dos alimentos é complexa e independente dos preços agropecuários. “Mesmo com deflação no mês e no acumulado do preço ao produtor, os preços ao consumidor seguem em alta. Isso confirma que o valor pago nos supermercados é resultado de diversos fatores e de políticas econômicas do governo e não está relacionado diretamente com os preços praticados no campo”, comenta. O economista ressalta que a queda do IIPR se deve, principalmente, pela atual taxa de câmbio.