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Brasil Fernando Henrique Cardoso está por trás da propaganda de rádio e TV que desagradou a vários líderes do PSDB

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O ex-presidente é um crítico da relação de seu partido com o governo. (Foto: Agência Brasil)

A propaganda política do PSDB veiculada na última quinta-feira em cadeia nacional de rádio e TV ampliou as divergências internas do partido, levando uma ala de governistas tucanos a iniciar um movimento para tentar afastar do cargo o presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE). Ele é apontado como o responsável pelo vídeo, produzido pelo publicitário Einhart Jacomé. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) também ajudou a elaborar o vídeo.

“Isso não faz o menor sentido, porque, se vai substituir o presidente do partido, tem que substituir também o presidente honorário, já que o vídeo passou pelo crivo do presidente FHC”, disse o senador tucano Cássio Cunha Lima (PB).

De acordo com integrantes do partido, o líder tucano foi responsável por sugerir o uso da expressão “presidencialismo de cooptação” para criticar o modelo de governo brasileiro, considerada uma das frases mais polêmicas da peça e vista como crítica ao governo Michel Temer. “A expressão ‘cooptação’ foi sugerida pelo próprio FHC. Ia ser coalizão e ele sugeriu cooptação”, disse Cunha Lima.

O marqueteiro Jacomé relatou que o material foi exibido ao ex-presidente em São Paulo e recebeu sua aprovação. Segundo ele, na ocasião FHC disse que era preciso “chacoalhar a política” e argumentou que, no que se refere ao presidencialismo de “cooptação”, trata-se de uma relação com pessoas, mediada por nomeações e interesses pessoais, chegando aos financeiros. O outro modelo, “presidencialismo de coalizão”, supõe uma convergência de pontos programáticos em consequência de apoios aos quais se abre espaço no governo.

“Autocrítica”

No programa de dez minutos, o PSDB fez uma “autocrítica” por ter “aceitado o fisiologismo”. “O presidencialismo de cooptação que vigora no Brasil faliu, tendo gerado crises sucessivas e muita instabilidade política”, diz o locutor, sem citar que a sigla ocupa quatro ministérios do governo.

Aliados de Tasso apontaram a participação de integrantes do Palácio do Planalto no movimento para afastar o senador da presidência interina do partido. Ele é pró-desembarque do governo. “A reação que vem (contra o programa do PSDB) é dos governistas, está evidente a participação do governo nessas declarações”, disse o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).

Ferraço afirmou, ainda, que há movimentos para que o PSDB se transforme “em força auxiliar do governo”. “Há um esforço do governo para que o PSDB se anule”, afirmou. Interlocutores de Temer, no entanto, disseram que o presidente tem perfil ponderado, não radical, e que o peemedebista conversou com Tasso por telefone. O tucano ligou para Temer para explicar a peça e, segundo interlocutores, o presidente não fez nenhum tipo de cobrança.

Nos bastidores, auxiliares de Temer consideraram um “tiro no pé” a propaganda. Segundo um interlocutor do presidente, ao reconhecer erros, os tucanos, além de darem munição a adversários na eleição do ano que vem, escancaram a crise vivida dentro partido.

Disputa

Tucanos da ala governista querem que o senador Aécio Neves (MG) reassuma a presidência da sigla temporariamente e escolha outro vice-presidente para comandar o partido até 9 de dezembro, quando está prevista nova eleição da Executiva. Nos bastidores, apostam no senador Flexa Ribeiro (PA) ou no deputado Giuseppe Vecci (GO) como substitutos de Tasso.

Enquanto isso, líderes do PMDB e do Centrão, grupo do qual fazem parte PP, PSD, PR e PRB, passaram a cobrar publicamente que o PSDB entregue os quatro ministérios que detém no governo: Cidades, Secretaria de Governo, Relações Exteriores e Direitos Humanos.

Interlocutores do Planalto voltaram a afirmar que o governo não vai retaliar os atuais ocupantes de cargos no primeiro escalão da Esplanada. Os ministros tucanos Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades) foram rápidos ao se manifestar contra o programa e dizer que a peça não os representa. Auxiliares de Temer lembrara ainda que os três atuaram para ajudar a derrubar a denúncia contra Temer.

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