Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 20 de fevereiro de 2016
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem chances remotas de responder a um processo por ter usado, supostamente, uma empresa para remeter recursos para a jornalista Mirian Dutra, segundo cinco advogados ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo. Os dois tiveram relacionamento extraconjugal por seis anos.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que técnicos da pasta estudavam se houve crime na versão contada pela jornalista.
Segundo Mirian, ela assinou um contrato fictício de consultoria com a Brasif, que operava free shops em aeroportos no Brasil e no exterior, para que FHC lhe enviasse recursos mensais para custear despesas do filho dela. Ela disse que Tomás Dutra Schmidt é filho do ex-presidente. Ele afirmou que dois exames de DNA não provaram a paternidade.
A Brasif disse ter usado uma subsidiária na Inglaterra, a Eurotrad, para fazer os pagamentos a FHC. De acordo com comunicado da empresa, o tucano “não teve qualquer participação nessa contratação, tampouco fez qualquer depósito na Eurotrade ou em outra empresa da Brasif”. O tucano disse ter feito outras remessas a Tomás “a partir de contas bancárias declaradas e com recursos próprios resultantes de seu trabalho” e que “não tem fundamento, portanto, qualquer ilação de ilegalidade”.