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Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2016
A Fifa decide seu futuro nesta sexta-feira (26). Ao fim do dia, a entidade que manda no futebol mundial terá um novo presidente e terá aprovado um pacote de reformas que promete oferecer mais transparência e menos espaço para as picaretagens que resultaram nas punições – de multa a prisão – de tantos de seus dirigentes.
Também vai finalmente terminar a era Joseph Blatter. Ex-secretário-geral de João Havelange (1974-1998), o suíço chegou ao poder em 1998, reelegeu-se quatro vezes e só caiu no passado, quando o Comitê de Ética criado em sua própria gestão o afastou – a ele e a Michel Platini, que até então era o favorito a substituí-lo.
O xeque Salman Ibrahim Al-Khalifa é presidente da Confederação da Ásia e tem contra si acusações de violar direitos humanos no Bahrein, seu país. O também favorito Gianni Infantino era secretário-geral da Uefa (desde 2009) e portanto braço-direito de Platini.
Os candidatos que correm por fora são o príncipe Ali Bin Al-Hussein, da Jordânia, ex-integrante do Comitê Executivo da Fifa, o diplomata francês Jérôme Champagne, ex-número 3 da Fifa até 2010, e o empresário sul-africano Tokyo Sexwale, homem-forte da candidatura da África do Sul a sede da Copa de 2010.
A eleição dificilmente será definida em primeiro turno. Para tanto, algum candidato tem que conseguir dois terços dos 207 votos, o que parece improvável. Caso isso não aconteça, o candidato menos votado é eliminado para o turno seguinte. A partir de então, será eleito quem tiver metade mais um dos votos.
Os favoritos são o xeque Salman, que tem o apoio de Ásia, da África, e Infantino, respaldado por Uefa, Concacaf e Conmebol. Ali, Champagne e Sexwale dificilmente serão eleitos, mas seu apoio pode ser definitivo nos turnos seguintes. Se não mudar de ideia em cima da hora – como pode acontecer – o Brasil vota em Infantino. (AG)