Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de fevereiro de 2018
A presidência Donald Trump custa à empresa da família “milhões de dólares” em negócios perdidos, afirmou o filho mais velho do governante a um jornal da Índia durante uma visita ao país asiático. “Nós estamos nos abstendo de fazer novos negócios desde que meu pai está no cargo”, afirmou Donald Trump Jr. ao jornal Times of India.
O filho de Donald e Ivana Trump está na Índia para promover a construção de apartamentos de luxo. “Estamos rejeitando negócios de centenas de milhões de dólares em todo o mundo”, completou Donald Trump Jr. que assumiu o comando da empresa da família.
Na sexta-feira (16), o filho do presidente americano participará em um jantar com dezenas de pessoas que compraram apartamentos em um projeto imobiliário da empresa em Gurgaon, subúrbio residencial de Nova Délhi.
O projeto inclui várias torres de 47 andares cada, com um total de 250 apartamentos, vendidos por preços entre 850.000 e 1,7 milhão de dólares. A entrega dos apartamentos está prevista para 2023.
Apesar da visita de Trump Jr. ter um caráter privado, na sexta-feira ele participará em um conferência de negócios sobre os vínculos entre a Índia e os países do Pacífico, um evento que terá como principal orador o primeiro-ministro indiano Narendra Modi. O presidente dos Estados Unidos cedeu o controle da Trump Organization a seus filhos, mas se negou a ceder os ativos, o que gerou preocupação sobre um eventual conflito de interesses.
Os críticos afirmam que a empresa da família Trump poderia obter benefícios de governos que desejam receber o apoio dos Unidos. Trump Jr. afirmou que na Índia, principal mercado da empresa familiar fora dos Estados Unidos, o grupo se dedica a desenvolver os projetos existentes em Calcutá e Mumbai, ao invés de buscar novos negócios.
Dispositivos
Trump assinou na terça-feira (20) um memorando que recomenda ao secretário de Justiça dos Estados Unidos, Jeff Sessions, propor uma legislação para proibir dispositivos como os “bump stocks”, que permitem que fuzis semiautomáticos deem rajadas contínuas, funcionando de maneira semelhante aos automáticos.
Durante uma cerimônia com funcionários de serviços de emergência na Casa Branca, Trump falou que espera que a nova regulação seja finalizada “muito em breve”. O anúncio foi feito dias após o tiroteio em uma escola em Parkland, na Flórida, onde um ex-aluno matou 17 pessoas usando um fuzil semiautomático.
“Devemos superar clichês passados e debates cansados e focar em soluções baseadas em evidências e medidas de segurança que funcionem de fato e que facilitem os homens e mulheres que aplicam as leis a proteger as nossas crianças e a nossa segurança”, disse Trump após anunciar o memorando.
Os “bump stocks” podem ser facilmente adquiridos no país. O atirador que matou 58 pessoas no massacre de Las Vegas, Stephen Paddock, tinha 12 desses equipamentos na suíte de onde fuzilou a multidão que assistia a um festival de música country em outubro do ano passado. A proibição desses dispositivos foi defendida pelo maior grupo de apoio às armas de fogo nos EUA, a poderosa NRA (National Rifle Association). O grupo tradicionalmente resiste a qualquer iniciativa para tornar mais duras as leis de armas.