Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2015
Com a mesma discrição com que atuou em causas relacionadas ao TCU (Tribunal de Contas da União), Tiago Cedraz movimenta-se como uma autoridade no mundo politico, com forte influência no Solidariedade.
Suspeito de receber propina do empreiteiro Ricardo Pessoa, o dono da UTC que fez acordo de delação premiada com a Justiça, o filho do ministro do TCU Aroldo Cedraz foi o advogado responsável pela criação do Solidariedade. Ele é apontado por lideranças do partido como o homem que viabilizou financeiramente a criação do partido comandado pelo deputado Paulinho da Força (SD-SP).
Desde a fundação da sigla, Cedraz atua internamente em uma situação atípica: não é filiado ao partido, mas faz parte da Executiva Nacional como secretário de Assuntos Jurídicos. A atuação de não-filiados na executiva
não é vedada pela Lei de Partidos Políticos.
Cedraz também foi o responsável pela indicação de seu primo, Luciano Araújo, para a tesouraria-geral do Solidariedade e para a presidência do partido na Bahia. Assessor parlamentar do tio Aroldo Cedraz até 2006, quando era deputado federal, Luciano atuava na política de Valente, cidade do sertão baiano que é a principal base política da família Cedraz.
Em menos de dois anos, Araújo saiu da posição de presidente do PR na cidade de 27 mil habitantes para tesoureiro nacional do novo partido. Ele foi apontado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, como emissário de propina no valor 1 milhão de reais que seria destinada por Tiago ao então presidente do TCU, Raimundo Carreiro. O ministro negou ter recebido o dinheiro. (Folhapress)