Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Filho de síndico morto por vizinho encontra duas vezes em uma semana o acusado de assassinar seu pai

Compartilhe esta notícia:

Rafael Guimarães está com medo de sair de casa e voltar a encontrar o acusado de matar seu pai. (Foto: O Sul)

A vida do advogado Rafael Guimarães, de 32 anos, e de sua família, nunca mais foi a mesma desde o dia 5 de novembro de 2015, quando o seu pai, Oscar Vieira Guimarães Neto, de 59 anos, foi assassinado por um vizinho do prédio onde morava e era síndico. O acusado do crime, o também advogado Guilherme Antônio Nunes Zanoni, de 25 anos, foi preso em flagrante e ficou detido até que no dia 18 de julho, oito meses depois, foi beneficiado por um habeas corpus e passou a esperar julgamento em prisão domiciliar. Desde então, o medo tomou conta de Rafael, que em uma semana encontrou o acusado de matar seu pai a facadas duas vezes pelas ruas de Porto Alegre.
O primeiro encontro ocorreu na segunda-feira, dia 18. Rafael saía do trabalho e passou ao lado de Guilherme na Avenida Borges de Medeiros. “Eu gelei, comecei a tremer e não sabia o que pensar”, conta o advogado, que pensou em abandonar a carreira depois de ver o algoz de seu pai solto.
A segunda oportunidade em que Rafael deparou-se com Guilherme nas ruas foi na quinta-feira, dia 21. Ao subir em uma lotação, Rafael novamente o encontrou. “Eu entrei na lotação e tinha uma pessoa à minha frente pagando o motorista. Quando fui me sentar, vi que o Guilherme estava no fundo da lotação e que ele era a pessoa que tinha entrado pouco antes de mim. Eu fiquei com medo de ser atacado e desci 200 metros adiante, quando a lotação parou”, narra Rafael, assustado.
Guilherme foi beneficiado pelo fato de ser advogado e de haver prerrogativa de profissionais do ramo aguardarem julgamento em “salas de estado maior”, acomodações privilegiadas, que não existem no Rio Grande do Sul. Por isso, teve o pedido de habeas corpus acolhido para que esperasse o julgamento em prisão domiciliar.
“Ele está tão livre quanto eu. Minha família e eu estamos em risco. Minha mãe precisa tomar remédios para dormir. Ficamos todos trancados em casa. Eu tive de mudar toda minha rotina, porque tenho medo de andar na rua”, disse Rafael.

13838504_10205510606639449_1062674245_o

Ocorrência policial do segundo encontro de Guimarães com Zanoni. (Foto: Reprodução)

Aconselhado pelo promotor público Eugênio Amorim, Rafael registrou ocorrência policial. Além disso, já houve entrada do pedido de recurso para que Guilherme volte a ser preso. “Um possível psicopata  e assassino está solto, andando pelas ruas como eu. Faltou bom senso aos juízes que o libertaram. O que é mais importante, a segurança da família da vítima ou a leitura fria da lei, que determina que advogados tenham salas especiais para aguardarem julgamento?”, questiona Rafael.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Um golpe do Bolsa Família atraiu 600 mil vítimas no WhatsApp
Eduardo Cunha diz que entrará para a história por “derrubar dois presidentes do Brasil”
https://www.osul.com.br/filho-de-sindico-morto-por-vizinho-encontra-na-rua-o-acusado-de-matar-seu-pai-duas-vezes-em-uma-semana/ Filho de síndico morto por vizinho encontra duas vezes em uma semana o acusado de assassinar seu pai 2016-07-23
Deixe seu comentário
Pode te interessar