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Mundo Os filhos de Donald Trump aproveitaram a viagem à Europa para avançar os negócios pessoais

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A primeira-dama Brigitte Macron e o presidente Emmanuel Macron recepcionaram na França o casal presidencial americano, Trump e Melania. (Foto: Andrea Hanks/The White House)

Filhos do presidente Donald Trump aproveitaram a viagem à Europa para avançar negócios pessoais. Apesar de terem postos no governo americano, eles mantêm negócios ativos. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Superar um jantar de Estado com a rainha da Inglaterra é difícil, mas os filhos do presidente Donald Trump —Donald Jr. e Eric— pelo menos tentaram manter o clima, em um giro improvisado pelos pubs de Doonbeg, na Irlanda, onde pagaram por rodadas de cerveja Guinness para os moradores locais e desfrutaram da adoração do público em uma aldeia na qual a família Trump tem imóveis. “É divertido quando os Trump vêm à cidade, não é?”, disse Eric Trump na quarta-feira (5), em meio às festividades.

Não só Trump mas os Trump —e o plural faz diferença. Enquanto o presidente saltava entre três países europeus cumprindo deveres oficiais, nesta semana, seus quatro filhos adultos— não podemos esquecer as filhas Ivanka e Tiffany— participavam com destaque de muitos momentos de alta visibilidade.

Eles participaram de um jantar de gala com a rainha Elizabeth 2ª, visitaram as Salas de Guerra Churchill, assistiram à celebração do 75º aniversário da invasão da Normandia e, no caso dos filhos homens, verificaram se os negócios da família no Trump International Golf Links & Hotel, em Doonbeg, onde o presidente passou seus dois dias finais de viagem antes de retornar a Washington na sexta-feira (7), iam bem.

Se a ideia da viagem era transformar os Trump em embaixadores internacionais da imagem dos Estados Unidos, ela também despertou questões ao destacar a recusa do presidente de estabelecer limites claros entre seus deveres oficiais e seus negócios pessoais.

Ivanka​ e o marido Jared Kushner têm postos no governo, e os dois filhos mais velhos de Trump comandam a Trump Organization e suas propriedades imobiliárias em todo o mundo, que incluem o clube de golfe em Doonbeg. Lara Trump, mulher de Eric, que também está participando da viagem, é assessora de campanha do presidente. Barron, 13, o filho mais novo de Trump, ficou em Washington.

A questão de quem está pagando pela presença da família e do possível custo da viagem para os contribuintes americanos surgiu como uma subtrama não resolvida, com jornais na Escócia e em Londres vasculhando bancos de dados do Departamento de Estado americano e reportando sobre os hotéis de luxo e as limusines dispendiosas que estão servindo ao governo dos Estados Unidos.

Durante a viagem, os filhos de Trump documentaram suas atividades em posts profusos no Instagram —a visita ao palácio de Buckingham, o voo de aviões militares clássicos sobre a Normandia, a cerveja no bar de Doonbeg—, em uma espécie de exibição moderna de slides de férias para mostrar ao pessoal lá em casa os momentos de diversão da família.

Em diversos momentos, as imagens pareciam divergir dos interesses de uma delegação oficial do governo americano, em termos de representação dos interesses geoestratégicos do país.

“As questões que cercam a viagem da família surgem da decisão da família Trump de manter controle ativo de seus negócios e apontar Ivanka e Jared para postos no governo”, disse John Wonderlich, diretor executivo da Sunlight Foundation, uma organização que promove a transparência no governo e busca documentar os possíveis conflitos de interesse envolvendo a família Trump.

“Não é completamente inapropriado que membros da família participem de um jantar de Estado, mas será que eles estão tentando demonstrar sua união e que os interesses familiares e de negócios coincidem?”, disse Wonderlich. “Sempre fica essa dúvida sobre suas intenções. Não se pode dizer que estamos apenas diante de uma viagem de família.”

Os assessores de Trump desdenham essas questões e apontam, em conversas privadas, que outros presidentes dos Estados Unidos visitaram a Europa com suas famílias e filhos.

Os presidentes Barack Obama e George W. Bush levaram os filhos em algumas viagens internacionais, e alguns de seus antigos assessores afirmam que não existe coisa alguma de inerentemente incorreto em arranjos desse tipo.

Em 2013, por exemplo, o casal Obama levou as filhas Malia e Sasha —ambas menores de idade na época— em uma visita a três países africanos, o que incluiu uma visita familiar à ilha Robbin, onde Nelson Mandela passou duas décadas aprisionado.

Em 2002, a então primeira-dama Laura Bush levou a filha Jenna, que era estudante universitária, em uma visita oficial do governo a três países europeus.

A presença dos filhos de presidentes eleva os custos das viagens oficiais, porque eles requerem proteção do Serviço Secreto, mas é menos claro que outras despesas teriam de ser bancadas pelos contribuintes, dizem antigos funcionários do governo americano.

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https://www.osul.com.br/filhos-de-trump-aproveitaram-viagem-a-europa-para-avancar-negocios-pessoais/ Os filhos de Donald Trump aproveitaram a viagem à Europa para avançar os negócios pessoais 2019-06-08
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