Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2018
A Conmebol, por meio do presidente Alejandro Dominguez, comunicou que a final entre River Plate e Boca Juniors da Copa Libertadores não seria disputada às 18h (horário de Brasília) deste domingo (25), como havia ficado determinado no sábado (24) depois dos incidentes ocorridos no Monumental de Núñez.
A entidade, no entanto, disse que a partida será remarcada para outra data, e não suspensa como pedido pelo Boca. A nova data será definida em reunião em Assunção na terça-feira (27), às 10h (horário local), com a presença dos presidentes dos dois clubes.
La nueva fecha de la final será analizada y decidida en una reunión en Asunción el martes 27 a las 10 de la mañana con los presidentes de los clubes finalistas, Boca Juniors y River Plate.
— CONMEBOL.com (@CONMEBOL) November 25, 2018
El Presidente y el Consejo de la CONMEBOL decidieron en la mañana de este domingo la postergación del partido de vuelta de la final de CONMEBOL Libertadores 2018 con el objetivo de la preservar la igualdad deportiva.
— CONMEBOL.com (@CONMEBOL) November 25, 2018
Comunicado de prensa | El Club Atlético Boca Juniors realizó este domingo una presentación formal ante la Conmebol para solicitar que la final de la Copa Libertadores se juegue en condiciones de igualdad, tal como se firmó ayer en el Estadio Monumental. ? https://t.co/Ym4UTeFlxy pic.twitter.com/s2KGK86zPi
— Boca Jrs. Oficial (@BocaJrsOficial) November 25, 2018
De acordo com o presidente da Conmebol, a nova reunião entre os dois clubes e a entidade determinará a nova data que a partida será disputada. River Plate e Boca Juniors ainda não se manifestaram sobre essa nova decisão da Conmebol. Apenas o River divulgou no Twitter que a partida não ocorrerá por decisão da Conmebol.
La CONMEBOL anunció que la final de la Copa Libertadores fue postergada.
— River Plate (@RiverPlate) November 25, 2018
“Nessas condições queremos garantir que nos importa o esporte, temos que dar as condições para que ambos os clubes tenham condições de se recuperar, por isso vamos adiar a partida. Os presidentes serão convocados ao escritório da Conmebol em Assunção e se vamos combinar uma data para jogar”, disse.
Mais cedo, o Boca apresentou à Conmebol um pedido de suspensão da partida baseando-se em um termo do pacto assinado no último sábado entre os dois clubes e Conmebol que previa condições de igualdade para a realização do duelo, remarcado depois que o ônibus do Boca foi apedrejado ao chegar ao Monumental de Nuñez no sábado. O capitão Pablo Pérez sofreu ferimentos no olho e não teria condições de jogo. O Boca pedia também a punição do River.
Entenda o caso
O jogo de volta da final da Copa Libertadores da América entre os argentinos River Plate e Boca Juniors, que seria disputado às 18h (horário de Brasília) de sábado em Buenos Aires, acabou adiado para domingo, no mesmo horário. A mudança foi motivada por incidentes envolvendo um ataque ao ônibus que transportava a delegação do Boca, a caminho do estádio Monumental de Nuñes, casa do River e local da partida.
Pedras foram jogadas contra o veículo por torcedores adversários em um trecho do trajeto, rompendo vidros das janelas e ferindo atletas. O capitão do Boca Juniors, Pablo Pérez, e o seu colega Gonzalo Lamardo foram encaminhados a um hospital local com ferimentos nos olhos, devido aos estilhaços de vidro.
O médico do Boca, Jorge Pablo Batista, publicou em sua conta no Instagram algumas fotos do volante Pablo Pérez, capitão da equipe, com uma bandagem no olho esquerdo, ferido durante o incidente com o ônibus do clube. O juvenil Gonzalo Lamardo, que acompanhava o grupo, sofreu o mesmo tipo de lesão.
Para piorar a situação, o gás de pimenta utilizado pela polícia para conter o tumulto acabou afetando quem estava a bordo do ônibus – houve relatos de mal-estar entre vários dos integrantes da comitiva.
Así agredieron hinchas de River Plate ? el autobús de Boca Juniors ?? en su llegada al "Monumental" ?️pic.twitter.com/TzYHhI4nZO
— xeu deportes (@xeudeportes) November 24, 2018
No jogo de volta, disputado no dia 11 de novembro (domingo) no estádio La Bombonera (casa do Boca Juniors), o placar foi de 2 a 2, deixando a decisão em aberto para a finalíssima. Apesar da intensa rivalidade entre os dois clubes (que levou a imprensa esportiva argentina a classificar o duelo de “a maior final de todos os tempos”), naquela ocasião não foram registrados incidentes de maior gravidade.
A partida deste domingo foi novamente adiada, mas deve ocorrer em nova data a ser definida. O Boca, no entanto, pleiteia a desclassificação do River, tal qual ocorreu com ele mesmo em 2015, quando foi eliminado da competição por tumulto dentro de seu estádio, também envolvendo gases contra jogadores rivais.