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Brasil Firma utilizada pelo presidente da Câmara dos Deputados para abrir conta na Suíça teve documentos alterados

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tem se negado a comentar sua relação com offshores. (Foto: Andre Coelho/AG)

Desde que a Operação Lava-Jato foi deflagrada, em março de 2014, quatro registros foram feitos nos documentos da empresa offshore em Cingapura usada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para abrir uma conta bancária na Suíça.

Um deles ocorreu duas semanas após o presidente da Casa negar à CPI da Petrobras, em depoimento espontâneo, ter dinheiro no exterior. Cunha depôs no dia 12 de março deste ano.

No dia 25 daquele mês, a empresa Netherton Investments, de Cingapura, mudou o nome do seu representante no país, segundo documentos obtidos no país asiático. A troca ocorreu na véspera do bloqueio de uma conta da empresa na Suíça com  2,4 milhões de dólares.

De acordo os papéis, um homem identificado como Joseph William McBurney, de nacionalidade britânica e com residência em Cingapura, foi designado diretor da offshore em março.

Os registros não mencionam o nome de seu antecessor – provavelmente uma australiana, conforme reportagem da Folha publicada no último dia 18 deste mês.

Seriam ambos “laranjas”, de acordo com informações obtidas e enviadas pelo Ministério Público suíço ao Brasil, escalados para lavar dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras.

Os documentos apontaram ainda mais três registros ligados à offshore desde a primeira fase da Lava-Jato.

Um deles ocorreu no dia 10 de julho de 2014, quando uma pessoa chamada Carandang Katheryn Perez, natural de Cingapura, assumiu como “secretária” – possivelmente outro “laranja”.

Não há detalhes do que se tratam as outras duas ocorrências, em agosto e setembro do ano passado.

A Netherton foi criada em julho de 2008 e tem como controladora uma empresa chamada PVCI.

O diretor desta última firma é Luis Maria Pittaluga, que abriu uma conta para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró na Suíça, no mesmo período de 2008.

Cerveró e Cunha são acusados de envolvimento em um esquema de propina em um contrato de 1,2 bilhão de dólares da Petrobras. O STF (Supremo Tribunal Federal) ainda não decidiu se aceitará a denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados. Cerveró foi condenado em razão do episódio.

O presidente da Câmara tem se negado a comentar sua relação com offshores. Sob pressão na Casa, Cunha mantém o discurso de que não tem contas no exterior e é vítima de perseguição da PGR (Procuradoria-Geral da República). (Folhapress)

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