Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2015
O Exército israelense anunciou, nesse sábado (9), pelo horário local, a queda de um foguete em Israel, horas depois que soldados israelenses mataram seis palestinos em confrontos na fronteira. De acordo com o Exército, o foguete foi lançado da Faixa de Gaza.
Em um comunicado, as Forças Armadas israelenses disseram que o projetil, “lançado contra o Sul de Israel”, teria atingido “uma área aberta” na região de Eshkol. “Não há vítimas”, completou a corporação. As informações são da agência de notícias France Presse.
Nos últimos dez dias, uma escalada de violência entre israelenses e palestinos na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza tem deixado feridos.
Mais cedo nessa sexta-feira, seis palestinos foram mortos por disparos de soldados israelenses na fronteira, de acordo com os serviços de segurança. Os soldados dispararam na direção de Gaza através da fronteira depois que os palestinos chegaram perto demais dos limites israelenses, atirando pedras e empurrando pneus em chamas, disse uma porta-voz dos militares. Médicos de Gaza afirmaram que além dos seis mortos há cerca de 50 pessoas feridas.
Os protestos eram em solidariedade com palestinos em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada por Israel, onde as tensões têm aumentado nos últimos dez dias de violência.
Além disso, um judeu esfaqueou quatro homens na cidade de Dimona, no sul de Israel, antes de ser detido, segundo a polícia. Não está claro se as vítimas são árabes israelenses ou palestinos, já que a terminologia utilizada pela polícia pode se referir a ambos. Enquanto isso em Gaza, seis palestinos foram mortos por soldados israelenses.
Nova Intifada
A agitação é em grande parte resultante da revolta de muçulmanos com o acesso de judeus a um local sagrado reivindicado por ambas as religiões em Jerusalém.
Em plena escalada de violência na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, os árabes israelenses, 17,5% da população de Israel, começaram nos últimos dias a protestar em favor dos palestinos.
O líder do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, afirmou nessa sexta-feira que a violência que atinge a Cisjordânia e Jerusalém Oriental é um anova Intifada, a exemplo da revolta palestina de 1987 e 2000.
“Pedimos para reforçar e intensificar a Intifada. É o único caminho que levará à libertação dos territórios ocupados”, afirmou durante a oração muçulmana semana em Gaza. (AG)