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Brasil A força-tarefa da Operação Lava-Jato foi surpreendida com a troca no comando da Polícia Federal: Delegados souberam da mudança pela imprensa

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Leandro Daiello (D) cumprimenta o delegado Fernando Segóvia, que irá substitui-lo. (Polícia Federal/Divulgação)

A troca no comando da PF (Polícia Federal) pegou de surpresa os delegados da antiga força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba (PR). Muitos ficaram sabendo da mudança pela imprensa, mas o fato é que a saída de Leandro Daiello e sua substituição por Fernando Segóvia, mais alinhado ao grupo político do presidente Michel Temer, já era esperada desde o fim de 2016, quando a PF passou a reduzir verba para a investigação, e o número de delegados à disposição das investigações da Lava-Jato caiu de nove para quatro. As informações são do jornal O Globo.

Em julho passado, a PF dissolveu a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, e as investigações foram incorporadas pela Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor).

Na avaliação de um delegado ouvido pelo jornal O Globo, que não quis se identificar, as principais mudanças ocorrerão mesmo nas equipes que atuam diretamente na sede do órgão, embora não estejam descartadas alterações nos estados. Apesar da ligação política, Fernando Segóvia é bem-visto pela equipe por sua atuação na primeira Lei do Desarmamento, considerada positiva.

Segóvia era o candidato defendido por políticos para ocupar o posto de Daiello, que está no cargo desde 2011, o primeiro ano de governo de Dilma Rousseff. Entre os políticos que lideraram a campanha para Segóvia estão o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), ambos delatados na Operação Lava-Jato. Durante a campanha, o delegado também recebeu o apoio do subchefe de assuntos jurídicos da pasta, e um dos principais conselheiros do presidente, Gustavo Rocha.

O candidato apoiado por Daiello era o diretor-executivo da corporação Rogério Galloro. O nome dele chegou até a mesa do presidente Temer, mas enfrentou forte resistência da classe política que apoiava Segóvia.

Nomeação

Com sua nomeação publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (9), o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, começou a trabalhar.

Apesar de a cerimônia de posse estar marcada para o dia 20 de novembro, o novo comandante se sentou cedo nesta quinta-feira na cadeira que foi por quase sete anos ocupada por Leandro Daiello. Além de conversas com diretores, Segóvia foi apresentado para superintendentes regionais.

Reserva

Em nota, a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) se pronunciou sobre a nomeação, afirmando que não é a favor de reserva de cargos para delegados, mas que o escolhido é o que mais demonstrou ter condições.

“Sobre a nomeação do delegado de Polícia Federal, Fernando Segóvia, ao cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal, pelo presidente Michel Temer, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) esclarece que embora seja contra a reserva de cargos de comando para delegados, entre os nomes cotados pelo Executivo, Segóvia é o que demonstrou mais condições de assumir os trabalhos do Órgão nos próximos anos.”

“Fernando Segóvia chegou a ser sondado para o cargo em setembro e conta com a aceitação de todas as entidades de classe que representam servidores da Carreira, uma vez que novo diretor-geral já demonstrou interesse em ampliar o debate com os policiais federais”, diz a nota

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