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Geral Fotografia mostra atropelador que matou ativista com símbolo fascista

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James Fields (no centro, de óculos escuros) em meio a integrantes do grupo Vanguard America. (Foto: Reuters)

James Alex Fields Jr, de 20 anos, fez nesta segunda-feira (14) sua primeira aparição perante a Justiça americana, dois dias depois de ter atropelado uma multidão durante um protesto em Charlottesville, na Virgínia, ação que resultou na morte de uma mulher de 32 anos. Aparentando nervosismo, Fields ouviu do juiz as acusações que recaem sobre si: homicídio doloso, atropelamento com omissão de socorro e lesão corporal com má-fé.

Ele falou brevemente, apenas para dizer que trabalhava em Ohio, não tem dinheiro para pagar um advogado e não tem laços com Charlottesville. Originalmente do Estado de Kentucky, que faz fronteira com a Virgínia, no Sul dos EUA, ele foi preso e acusado de deliberadamente acelerar o carro contra uma multidão de manifestantes contrários aos atos nazistas ocorridos na cidade no fim de semana.

Sua mãe garantiu à mídia local que ele não expressava visões extremistas abertamente. Um antigo professor, porém, disse se tratar de um jovem “muito equivocado e desiludido”. Ao jornal local “Cinnicinati Tribune”, o profissional lembrou de um de seus trabalhos no ensino médio, o qual na sua visão deixava claro a crença do jovem, “muito em linha com o movimento neonazista”.

“Vários garotos ficam interessados com os alemães e os nazistas porque eles estão interessados na Segunda Guerra Mundial. Mas James levou isso a um outro nível”. Fields se alistou no exército, mas teve baixa em dezembro de 2015 por “não atingir os padrões de treinamento”.

Referências nazistas

Segundo o site Buzzfeed, uma página do Facebook que supostamente pertencia a ele tinha referências nazistas explícitas e um banner com a inscrição Make America Great again (“Torne a América Grande Novamente”), o slogan de campanha do hoje presidente Donald Trump na eleição do ano passado.

Também havia uma fotografia do jovem posando com um carro parecido com o usado no ataque e uma variedade de memes populares entre a alt-right (grupo de pessoas com ideologias de direita a extrema-direita).

O Buzzfeed também publicou um vídeo que mostra Fields entoando o que parecem insultos homofóbicos contra aqueles que se opunham à marcha, horas antes do ataque. Ele ainda foi fotografado no evento (o segundo da esquerda) carregando um escudo com o logo de um grupo abertamente fascista, o Vanguard America.

O site do grupo declara que “a América está sob ataque” e diz ainda que “se a tendência atual continuar, os americanos brancos serão uma minoria na nação que eles construíram. É hora de tomar uma posição”. Eles divulgaram um comunicado no Twitter negando que James Fields seja um de seus membros. O FBI confirmou que abriu uma investigação sobre direitos civis relacionada ao incidente.

Fala de Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump – que havia sido criticado por não se posicionar abertamente contra os grupos supremacistas brancos logo após o ataque -, voltou a falar sobre tema nesta segunda-feira. “O racismo é diabólico e aqueles que causam violência em seu nome são criminosos”, disse, agregando que o grupo supremacista Klu Klux Klan e neonazistas são “repugnantes”.

Também nesta segunda-feira, o secretário de Justiça americano, Jeff Sessions, afirmou que os atos de Fields se encaixam na definição de “terrorismo doméstico”. (AG)

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